Os primos raios límpidos de sol principiavam a beijar o cume das montanhas suntuosas que circunscreviam o vilarejo de Oniro¹. Ao tocarem docemente a face das orquídeas que ornamentavam o jardim quase malekiano² frente à casa de Pensamento, fê-las despertar. Tão logo, igual procedeu Pensamento, ora trajando uma túnica de um branco celestial.
A acepção do traje de Pensamento não poderia ser outro senão o de que acordara visionário de um plano à sua vetusta amiga Ideia. Nas trevas que precederam, adormeceu cioso de que embotado estava de solucionar um problema que Humano o havia outorgado.
Saiu trotando via a fora, rumo à casa de Ideia, ao lá chegar participou-lhe de seu plano: “- Apreçada camarada, acredito que, a solução aos problemas de nosso amigo está contida nas entrelinhas de um alfarrábio. Se fortuitamente Humano o ler, Lucubração irá ajudá-lo a descobrir a resposta”.
Ao que Ideia redarguiu: “- Ora, haja vista, sem o auxílio de Lucubração quase nada se pode fazer In Mundi”.
Lucubração surge de chofre e, então cerra a prática ao sentenciar: “- In Mundo tudo se dá corretamente se todos nós por aqui trabalharmos”.
Cintilou nesse instante larga Lux no céu do vilarejo – indigito de que Humano captara a comunicação.
1. Significa “sonho” em grego;
2. Neologismo criado a partir do nome do artista iraniano hiper-realista Iman Maleki.
Farias, M. S. "Conotativo". Outubro de 2011. www.livredialogo.blogspot.com
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