Dentre todas as mazelas de nossa sociedade, vivemos imersos em um caos provocado pelas drogas. Hoje uma das guerras mais árduas que os governos mundo a fora enfrentam é o combate ao uso de drogas, no Brasil já existem o que se denomina popularmente como "cracolândias", pontos de venda e consumo excessivo de entorpecentes, onde macanha comparada a drogas piores, como o crack e o oxi é considerada "petisco". O inverossímil da situação é que, mesmo sendo contra a Lei o consumo e apologia a estes entorpecentes, há defensores da Lei que autorizam marchas pela liberação do consumo de maconha, alegando ser parte do direito de expressão. Fazendo uso do raciocínio do repórter Flávio Tavares, do periódico "Zero Hora", que redigiu uma reportagem intitulada "A má e a boaconha" - a qual serve de base a esta composição -, questiono: não há na interpretação desses defensores, um conflito de Leis? Pois que, se é proibida a apologia e a propaganda a crimes, sendo o consumo de maconha - assim qual de outras drogas, diga-se de passagem - um crime, não é contra a Lei realizar essas manifestações em prol da maconha?
Acredito que não fere direito de expressão algum vetar toda e qualquer manifestação a favor da legalização do consumo de maconha, pois hoje será a maconha, amanhã o crack e por aí segue interminável lista de substâncias nocivas à saúde, cujos rendimentos fomentam o crime organizado que empesta comunidades, como as favelas em cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo.
Reclamamos demasiadamente de nossos governantes, com razão, diga-se de passagem, todavia, continuamos a reeleger essas pessoas, mesmo tendo ciência de seus atos muitas vezes duvidosos. Como disse Joseph de Maistre: "Cada povo tem o governo que merece ter", mas até quando iremos deixar que esse descaso para com o povo por parte de nossos governantes prossiga? Enquanto deputados, senadores, vereadores e a própria Presidente da República recebem salários homéricos, professores e trabalhadores que desenvolvem trabalho verdadeiramente acerbo, seguem a receber honorários módicos. É hora de levarmos o voto mais a sério, de escolhermos nossos eleitos com mais gravidade e senso crítico.
As Leis existem por algum motivo, não nasceram do acaso, conquanto que sejam retrógradas ainda assim têm de serem obedecidas. Em caso se deverá legalizar o consumo dessas substâncias. Como disse Tavares, o governo apoia as marchas pela legalização da maconha, mas reluta em conceder acesso pleno aos documentos secretos que narram a história verídica de nosso país.
Infelizmente, há muito nossa sociedade deixou de levar a sério tudo aquilo que se refere a bom-senso e passou a julgar apenas no conotativo ignorando o literal. O Brasil é um dos países mais ricos do mundo e, é uma desdita aproximar-se da constatação de que seu povo acomodou-se ao longo de sua história, não luta por seus ideais, deixa-se levar pelo consenso de "popular", basta ver a invasão cultural estadunidense em que nos encontramos, prova que não damos valor a nossa tão fecunda e diversificada cultura.
Farias, M. S. “Legalização da maconha? Nunca, jamais!”. Junho de 2011. www.livredialogo.blogspot.com
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