Viver é interagir com mudanças, adequar-se a situações e evoluir através da aprendizagem com os erros e as dificuldades. No mundo de hoje os jovens, sobretudo, não-raro veem-se lidando com problemas como o desemprego, o abandono e as mudanças que a vida e a sociedade exigem.
Desde muito cedo somos alertados sobre a necessidade de evoluirmos intelectualmente, socialmente; falam-nos das mudanças e de sua benfazeja existência. Ocorre que nem sempre estas mudanças são bem-vindas ou desejadas; por vezes nos acomodamos em um contexto e nos recusamos a abandoná-lo. No geral ansiamos por um porvir esplêndido, mas tememos as incertezas e o não sermos capazes de lidar com elas.
O desemprego, por exemplo, é um dos principais temores de muitos brasileiros, preponderantemente dos jovens que estão ingressando no mercado laboral, repletos de metas e sonhos. A autonomia financeira dignifica, uma vez que seja assaz degradante a condição de pedinte, dependente da boa vontade alheia ou de parentes.
Em tais contextos, onde o jovem ou mesmo o adulto encontra-se à mercê de outrem, podem ocorrer situações de abandono, deixando o indivíduo em uma situação ainda mais desesperadora. O abandono familiar, expresso muitas vezes na falta de compreensão e apoio dos familiares, quando aliado ao menoscabo social, muitas vezes manifestado pela inobservância das qualidades e aptidões em detrimento de outros aspectos supérfluos e a famosa “rasgação de seda”, podem apontar para um quadro depressivo ou de desesperanças, bem como corroborar com problemas sociais.
Desta forma, temos que a sociedade e a própria vida exigem de nós uma imensa maleabilidade e capacidade de adequação ao ambiente, tal como um camaleão capaz de camuflar-se, e assim proteger-se garantindo sua subsistência, em qualquer meio. Contudo, por mais que nos preparemos às mudanças, sempre teremos de conviver com medos e incertezas, de maneira ou outra; assim, precisamos evitar os “acomodadores”, como diz Paulo Coelho, e seguirmos nos aprimorando, pois somente podemos – e precisamos dessa certeza única – contar com as nossas capacidades e conhecimentos, com nós mesmos... Dos demais devemos cobrar apenas uma atitude friamente racional em relação as nossas qualidades e ações, uma contemplação do mérito, tão-somente. Afinal, como diz Malba Tahan: “o homem só vale pelo que sabe”...
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