Há alguns dias vi em uma página do
Facebook que trata sobre Literatura a foto da capa de rosto de um livro, do qual
possuo um exemplar, “Poemas e Alberto Caeiro”, em que fora feita uma
auto-dedicatória. Considerei a ideia bastante interessante e, notei o quão
particular era o significado daquelas linhas escritas pelo dono do livro para
si.
Comprei há algum tempo o livro “Manuscrito
encontrado em Accra” e decidi que faria o mesmo: dedicaria a compra a mim. Escrevi
algumas linhas singelas que, embora pareçam confusas aos outros, possuem um
significado muito subjetivo; espero que, aqueles que as lerem se lhes atribuam
um significado próprio.
Quando mostrei para alguns amigos
observei as mais distintas reações: uma amiga que foi minha colega de escola
por muito tempo agradou-se demasiado, chegando a dizer que “[...]É como se
falasse tudo o que eu penso sobre as Letras!”. Outro amigo, porém, achou a
ideia confusa e ilógica, chegando a afirmar: “isso é quase como comprar um
presente de Natal para você mesmo, colocar junto com os outros na árvore e
ainda fazer cara de surpresa quando abre!”.
Pois bem, porque não posso fazer uma
auto-dedicatória? Dedicamos livros para amigos, algumas vezes na esperança de
que a obra efetue mudanças positivas neles, e nisso não há nada de estranho.
Mas, tudo quanto lemos, todos os livros pelos quais viajamos em suas páginas
mudam a cada um de nós. Cada pessoa encontra na Literatura um amigo. Além do
mais, um pouco de amor próprio não faz mal a ninguém!
Farias, M. S. "Quebrando as regras". Janeiro de 2013. http://livredialogo.blogspot.com.br/
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