Na minha poltrona, sentei
Pesando sob minhas costas, o afã
Queria desatar os nós que há tempos amarrei
Passei por grandes barreiras
Perdi alguém imperdível
O que pra mim era limpo, só restou poeira
Foi então que acabei por abraçar o inadmíssivel
Desviei da trilha do amor
Com o mundo, me tornei amargurado
Mas graças a Deus, nosso Senhor
Ele me trouxe para o outro lado
Meus erros ainda me perturbam
Minha consciência fala regularmente
Várias vozes me sussurram
Que eu poderia ter feito tudo diferente
Mas de nada adianta!
O tempo é rei e não volta atrás
Sinto agonizando meu mantra
Me julgando por eu não ter sido capaz
Quem amou e eu não notei?
Quem sorriu e eu não percebi?
Quem chorou e eu não me importei?
Quem partiu e eu não vi?
Me persegue o pensamento
Eu poderia fazer muito mais
Trago a dor do merecimento
Um velho navio que nunca zarpou do cais
Garcia, Samuel. "Angústia". Maio de 2013. http://livredialogo.blogspot.com.br/
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