Na rua, a chuva não cessa.
Aos poucos a luminosidade da rua se torna escassa.
Ali, na janela parado, eu tão vulnerável,
Colo no meu rosto na vidraça
E suspiro.
De meu rosto, nem um sorriso.
Poderia acender uma vela á algum santo
Mas isso não é de meu feitio.
Nem se quer me reconheço.
Que espanto!
Incerteza.
Maldita incerteza!
Só desejo que o tempo assim como a chuva passe,
E também minha tristeza...
Gotejam tão frias as gotículas de água vindas dos céus
De meus olhos, descem as frias lágrimas.
Em meu subconsciente, vejo aqueles carrosséis,
Ali, onde nem eu sei bem onde,
Mas tão nítidos e fiéis.
Incerteza,
Mas incerteza bem do que?
De que?
Talvez de meu futuro,
De um dia te perder de vista,
De um dia teu caminho se afastar do meu.
Mais lágrimas rolam rosto abaixo,
Então percebo que forte eu não sou.
Ninguém é...
Somente tua presença me confortou.
Incerteza do que pensas de mim.
Incerteza do que eu sei,
Do que imagino, em fim.
Da vida toda, de seu sentido real,
E incerteza de tudo em mim.
E tu nem imaginas que isto me aniquila por dentro.
Fogo e dor,
Euforia e lamento,
De tudo um fulgor.
Incerteza...
Bonotto, Erasmo. "Incerteza". Julho de 2013. http://livredialogo.blogspot.com.br/
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported. Deve ser citada conforme especificado acima.
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Baseado no trabalho em http://livredialogo.blogspot.com.br/.
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