sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Chora o Poeta.

Ah! Saudade dos campos de fora
A gota do orvalho pela manhã
A firme e reluzente aurora
O gosto da mais vermelha maçã

Ah! Saudade da noite

A lua com as estrelas, a brincar
A brisa e o seu açoite
Em minha alma, a tocar

Ah! Saudade das flores

Pétalas que cantam suavemente
Lembranças de mil amores
Invadem o coração docemente

Ah! Saudade das nuvens

Rainhas, donas do céu
Nas suas infinitas formas
Escondem o sol com seu véu

Ah! Saudade da bela moça

Que há tempos não vejo
Princesa delicada, preciosa louça
Meus lábios exigem o teu beijo

Ah! Saudade que maltrata

Até quando irei sofrer?
Por um instante enlouqueço
Torna inútil meu viver
És uma tortura cruel
As memórias me consomem
Assim chora o poeta
Como qualquer outro homem

Ah! Saudade que me atormenta

Vai chegar o dia sim
E de ti, me desprenderei
Trilhando um caminho de jasmins
Ah! Saudade
Como aliviar essa dor?
No meu peito jaz uma brasa
Por que tão insano e ardente este calor?

Ah! Os belos campos de fora

Juro por Deus que vou voltar
Não partirei nunca mais
E com essa saudade vou acabar

Garcia, Samuel. "Chora o poeta". Agosto de 2013. http://livredialogo.blogspot.com.br/
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