quarta-feira, 7 de maio de 2014

A violência como patógeno

   Nos últimos meses o Brasil tem servido de palco para diversas manifestações de cunho político e social; contudo, ao passo em que se luta por um país melhor, houve também aumento da violência.
   A história nos mostra que os direitos das classes trabalhadoras, como também do próprio povo, sempre foram alcançados através da luta, infelizmente nem sempre pacífica, contra as ações imorais dos contratantes e, por vezes, mesmo por parte dos gestores do próprio Estado, tal como deu-se nas décadas de 1970-80, contra o Regime Militar.
   Hodierno, entretanto, as demandas sociais são outras e ganharam novos aliados tecnológicos, a exemplo da internet e suas redes sociais, e da mesma forma que as exigências acompanharam, como deveria ser, as mudanças porque passou o mundo, a tolerância dos manifestantes parece ter diminuído. Observa-se que a violência está se convertendo em uma resposta a todas as inquietações do povo, espalhando-se como uma doença contagiosa e de cura difícil.
   Apesar de ser algo fantástico ver as massas tão empenhadas em construir um país melhor, é lamentável que grupos em particular, tal como os "Black Blocks", estejam maculando as manifestações com o único intento de promover o caos e a anarquia pelo simples e irracional prazer de destruir, agredir, causar prejuízos... É a violência pela violência.
   Por tudo isso, somos levados a crer que a conquista de direitos sempre esteve associada à luta e à persistência dos queixosos e que sempre se fez presente ao longo da história, ainda que com episódios pontuais de violência - muitas vezes em resposta à violência sofrida. Hoje, todavia, essa mesma violência tornou-se não mais pontual, e sim espontânea, contínua. A melhor solução para ela, entretanto, permanece sendo a educação - tão decadente neste país - e a fomentação da cultura do pensar, do dialogar - e não do ferir e ostentar - entre os jovens, desde a mais tenra idade. Precisamos, como diria Saramago, do ato de pensar, como também do estímulo à construção de um código de valores sólidos pelos homens, como defenderia Rand, a fim de que cheguemos não meramente a algum lugar, mas aonde desejarmos chegar como Nação soberana e modelo. 

(minha redação no concurso para o MAPA).
Farias, M.S.: "A violência como patógeno". Maio de 2014. http://livredialogo.blogspot.com.br/
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported. Deve ser citada conforme especificado acima.

Licença Creative Commons
Baseado no trabalho em livredialogo.blogspot.com.br.
Permissões além do escopo dessa licença podem estar disponível em discente.farias@gmail.com

Excerto da prova.

0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado por comentar, pois sua opinião é muito importante!
Volte sempre!

 
Licença Creative Commons
Diálogo Livre de Farias, M. S. et alia é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Baseado no trabalho em livredialogo.blogspot.com.br.
Permissões além do escopo dessa licença podem estar disponível em discente.farias@gmail.com.