Em 11 de Setembro de 2001, o mundo presenciou um dos maiores derrames de sangue da História recente. Na manhã desse dia fatídico 19 terroristas sequestraram 4 aviões comerciais de transporte de passageiros, sendo dois de modelo Boeing 757 e dois de modelo Boeing 767; segundo se sabe, a escolha das aeronaves foi premeditada, tendo em vista sua capacidade de propulsão e, consequentemente, de destruição ao impactar as torres do "Word Trade Center”, também conhecidas por “torres gêmeas”.
A primeira torre a ser atingida foi a norte, alguns minutos depois, a torre sul. Com a explosão dos aviões e o incêndio subsequente, os andares superiores desabaram, dado o peso destes e as estruturas já ruídas dos prédios do “Word Trade Center”, ambos foram a baixo. A cena fora tão extraordinária que alguns chegaram a crer que os prédios – construídos com fundação de aço e projetados para suportar o impacto de um Boeing 727 – tivessem sido implodidos pelos terroristas.
O ato terrorista foi assumido pela rede “Al-Qaeda”, então sob as ordens de Bin Laden; segundo o próprio, as três motivações essenciais estavam no apoio dos E.U.A. ao Estado de Israel; a presença da potência norte-americana na Arábia Saudita e, por fim, as sanções impostas contra o Iraque. Não obstante, muitos especialistas no assunto especulam que houvesse razões secundárias, tais como o descompasso de países islâmicos em relação às potências Ocidentais no âmbito econômico, frisado pelo processo recente de globalização. Outros argumentam que o embasamento único aos ataques fora o de uma fé cega e intolerante, em nome da qual matar é um ato, equivocadamente, considerado nobre. O próprio Bin Laden, em um de seus comunicados deixou claro o caráter “religioso” de suas ações: “O profeta Maomé bania a presença permanente de infiéis na Arábia. Por mais de sete anos, os Estados Unidos têm vindo a ocupar as terras do Islã e os lugares mais santos [...]”. Em 1999, numa entrevista, ele chegou a afirmar que pressentia que os americanos estavam demasiado próximos a Meca, e que isso era um ultraje aos muçulmanos. Um ano antes, em 1998, Bin Laden disse: “[...] em conformidade com a ordem de Deus [...] matar os americanos e seus aliados, civis e militares é um dever individual de todo muçulmano [...]”.
Das quatro aeronaves sequestradas três cumpriram o objetivo terrorista; a terceira atingiu o prédio do pentágono. A quarta, porém, supostamente destinada à Casa Branca, acabou caindo em uma área erma, em Shanksville, na Pensilvânia; os passageiros e a tripulação, acredita-se, insurretos aos sequestradores tentaram retomar o controle do avião. Ao todo especula-se que tenham sido assassinadas 3.000 pessoas, e um número ainda muito maior fora deixado de feridos.
Após os ataques, o governo do presidente George W. Bush intensificou as medidas antiterrorismo, fazendo aprovar-se o “USA Patriot Act”, uma sanção antidemocrática que permitia a invasão de lares, espionagem dos cidadãos, interrogação de suspeitos de terrorismo, com uso de tortura e sem direito a qualquer defesa; tudo isso em nome da democracia e do bem-estar da nação.
A caça ao líder da Al-Qaeda intensificou-se. Os E.U.A. Invadiram militarmente o Iraque e o Afeganistão, intensificando o americanismo nessas regiões. A “Guerra ao Terror” contra o “Eixo do mal” como ficou conhecido este conflito liderado pelos estadunidenses com a participação de outros países teve fim com as mortes Saddam Hussein e Osama Bin Laden; todavia, dizer que o extermínio desses pôs fim ou atenuou o conflito cultural entre as nações é algo questionável e bastante sensível que marcou/marca a aurora do século XXI.
Farias, M.S. "11 de Setembro de 2011: o ápice da intolerância...". Julho de 2013. http://livredialogo.blogspot.com.br/
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