4.
Poucas vezes em minha vida fiquei sem saber o que fazer
como naquele momento! Aceitei o braço que um estranho me estendia, mas para mim
era muito mais... Ganhei mais que um acompanhante para um casamento, era muito
mais que um antigo conhecido. Aquele homem transbordava mistérios; mistérios
que eu necessitava desvendar.
Os sinos da igreja soaram, a noiva entrou e o casamento ocorreu. Foi tão rápido que mal percebi. Notei que devíamos nos retirar para festa, quando me entregaram um punhado de arroz para jogar aos noivos.
Desci as escadarias sempre com o braço do desconhecido a me amparar. Depois das saudações no começo da celebração, ele não havia aberto a boca para dizer-me nada! E eu ainda não sabia seu nome... O ex-noivo avistou-me de longe, enquanto banhava-se na chuva arroz. Sua expressão de medo voltou-lhe a face. A frieza do olhar de Antônio fez-me estremecer; prontamente, meu belo desconhecido, cobriu-me com seus braços e me dirigiu a seu carro. No mesmo momento veio-me a cabeça as recomendações de minha juventude: ”-Madalena, não aceite carona de estranhos!”, então hesitei quando, com sua gentileza cotidiana, meu acompanhante me ofereceu o banco do carona de seu carro altamente luxuoso. Olhei nos seus olhos logo, ele percebeu meu medo e sorriu.
- Qual seu medo Madalena? Não percebe que podes confiar em mim?. Sorriu e deslizou a mão pelo meu rosto.
- Não posso aceitar carona de estranhos!- Eu lhe disse tentando me convencer também.
O desconhecido se afastou com dois passos para trás; com os olhos, me mediu dos pés e cabeça, piscou seus olhos negros desconcertantes e gargalhou freneticamente. Senti-me ofendida no principio, mas cai na gargalhada junto dele! Foi aí que percebi... Não havia mais jogos de sedução, não havia mais recomendações que chegassem a tempo. Eu havia caído na armadilha! Me entregado sem lutar... Havia me apaixonado por um completo desconhecido.
- Tenho uma solução para o nosso aparente problema, Madalena!- Segurou minha mão e foi me guiando por um caminho desconhecido.
Já não sentia medo. Aquele homem havia me conquistado sem proferir ao menos seu nome. Caminhamos por alguns minutos em meio a um campo onde apenas a luz do luar nos iluminava. Meus pensamentos estavam confusos, mas não me permiti fazer qualquer pergunta ou comentário. “Madalena o que você está fazendo aí?”, era o que minha cabeça dizia, mas a curiosidade não me deixou fugir.
- Pra onde está me levando?- Perguntei num sussurro. Mesmo não vendo seu rosto, percebi que ele sorriu.
Havia algum tempo que estávamos andando quando, de repente, ele parou em frente a uma grande árvore. Pôs a mão em minha cintura, beijou-me os lábios e disse:
- Prazer, meu nome é Petrus...
Os sinos da igreja soaram, a noiva entrou e o casamento ocorreu. Foi tão rápido que mal percebi. Notei que devíamos nos retirar para festa, quando me entregaram um punhado de arroz para jogar aos noivos.
Desci as escadarias sempre com o braço do desconhecido a me amparar. Depois das saudações no começo da celebração, ele não havia aberto a boca para dizer-me nada! E eu ainda não sabia seu nome... O ex-noivo avistou-me de longe, enquanto banhava-se na chuva arroz. Sua expressão de medo voltou-lhe a face. A frieza do olhar de Antônio fez-me estremecer; prontamente, meu belo desconhecido, cobriu-me com seus braços e me dirigiu a seu carro. No mesmo momento veio-me a cabeça as recomendações de minha juventude: ”-Madalena, não aceite carona de estranhos!”, então hesitei quando, com sua gentileza cotidiana, meu acompanhante me ofereceu o banco do carona de seu carro altamente luxuoso. Olhei nos seus olhos logo, ele percebeu meu medo e sorriu.
- Qual seu medo Madalena? Não percebe que podes confiar em mim?. Sorriu e deslizou a mão pelo meu rosto.
- Não posso aceitar carona de estranhos!- Eu lhe disse tentando me convencer também.
O desconhecido se afastou com dois passos para trás; com os olhos, me mediu dos pés e cabeça, piscou seus olhos negros desconcertantes e gargalhou freneticamente. Senti-me ofendida no principio, mas cai na gargalhada junto dele! Foi aí que percebi... Não havia mais jogos de sedução, não havia mais recomendações que chegassem a tempo. Eu havia caído na armadilha! Me entregado sem lutar... Havia me apaixonado por um completo desconhecido.
- Tenho uma solução para o nosso aparente problema, Madalena!- Segurou minha mão e foi me guiando por um caminho desconhecido.
Já não sentia medo. Aquele homem havia me conquistado sem proferir ao menos seu nome. Caminhamos por alguns minutos em meio a um campo onde apenas a luz do luar nos iluminava. Meus pensamentos estavam confusos, mas não me permiti fazer qualquer pergunta ou comentário. “Madalena o que você está fazendo aí?”, era o que minha cabeça dizia, mas a curiosidade não me deixou fugir.
- Pra onde está me levando?- Perguntei num sussurro. Mesmo não vendo seu rosto, percebi que ele sorriu.
Havia algum tempo que estávamos andando quando, de repente, ele parou em frente a uma grande árvore. Pôs a mão em minha cintura, beijou-me os lábios e disse:
- Prazer, meu nome é Petrus...
Farias, Maikele. "Olhos negros Desconcertantes... - Parte 4". Maio de 2012. http://livredialogo.blogspot.com.br/
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Olá Maikele.
ResponderExcluirPostagem divulgada no agregador Teia, quando tiver atualizações e quiser divulgar é só me dar um toque que eu divulgo novamente.
Sua história é excelente. Aguardo as próximas partes...
ResponderExcluirUm abraço!