segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Hino da Independência (Hino do Império do Brasil).

"Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.

"Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

"Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil...
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.


"Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

"Não temais ímpias falanges,
 Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.

"Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

"Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo varonil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.

"Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil".






***


Hoje, em meio a tamanho caos na política de condução do Brasil, parece-me, mais que nunca, deveríamos aproveitar a data em que se comemora a Independência para contemplar as virtudes de nosso povo, de nossa terra; refletirmos sobre aquilo que queremos ser e aquilo que somos. O quanto de colonial reservamos em nossos modos toda vez que, de alguma forma, suscitamos que nada no Brasil poderá dar certo em função de seu povo (os políticos são povo!)? E, em contraparte, enaltecemos a grandeza de alhures como que se precisando de um líder. Isso é pensar como dependente.

As coisas vão mal, é fato. Mas as datas em que celebramos a República são outras. É nessas ocasiões que deveríamos protestar, porém cientes de nosso potencial enquanto povo livre e senhor desta terra, "[...] Boa terra! [que ] jamais negou a quem trabalha O pão que mata a fome, o teto que agasalha..." (BILAC, s.d.).

Enquanto não formos capazes de reconhecer o imenso potencial de nosso país e de nós brasileiros, todos os protestos serão gritos de pouco eco, pois o problema não está em outro lugar senão no povo descrente de si e de seu Brasil.

"Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum país como este!
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,
"[...]
"Quem com seu suor a fecunda e umedece,
vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!
Criança! não verás país nenhum como este:
Imita na grandeza a terra em que nasceste!" (Olavo Bilac, "A Pátria").

Farias, M.S.

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