sábado, 29 de setembro de 2012

Tenha Fé...



Agradeça estar neste universo, que é uma perfeição.
Tenha otimismo, mesmo que no futuro você caia na escuridão.
E [...], se cair, lembre-se da próxima vez deixar a luz acesa.
Para não perder o brilho, nesta queda que não...
Foi esperada, pois às vezes o Mundo se revolta
Contra nós, para que possamos aprender,
Pois mesmo após a destruição,
Temos que ser capazes de:
Saber levantar e alcançar novamente a felicidade,
O universo nos ensina tudo [...]
Aprendemos de acordo com nossa capacidade.
Se para você a vida é o mais importante,
Então a preserve, cuide...
Para que possa ser alguém,
Não perca a fé e a vontade de vencer.

Morgana (M.A.R.) “Tenha fé...”. Setembro de 2012. http://livredialogo.blogspot.com.br/
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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A diferença entre amor e ódio.

O ódio nos atordoa,
Porque gera violência.
Mas o amor sempre perdoa,
É o pai da paciência.

O ódio é como um veneno,
Que a humanidade abate.
O amor é antídoto sereno,
Que tudo de ruim combate.

O ódio é filho do mal,
E por isso causa traumas.
Mas o amor é filho do bem,
Que o teu coração acalma.

O ódio é que causa mortes,
Muitas vezes prematuras.
O amor é bem mais forte,
Pois gera a paz na vida futura.



Esta postagem foi retirada de um e-mail recebido em 31 de Julho do corrente. Desconhecemos o autor da poesia supracitada. O vídeo foi editado pelo Diálogo Livre, baseado em um Power Point cuja autoria foi creditada ao final conforme constava no original.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Sempre.

Só em te ver
Meu coração bate depressa
Fica tão agitado
Já eu fico eufórico e nada mais me interessa

Quando estou contigo
Quero tanto falar
Que acabo ficando nervoso

E poucas palavras termino por pronunciar 

Talvez se nota como fico atrapalhado
Estar do teu lado é um momento especial
São raras essas ocasiões
E eu tento agir como se fosse um encontro normal

Mas apesar de todos os esforços, não consigo
Tua presença me deixa assim
Empolgado, inseguro, radiante
São vários os efeitos sobre mim

E quando fico perto de ti
Surge uma imensa vontade de te cuidar
Do teu lado fico a te proteger
Talvez do que o futuro irá reservar

Sensação ótima essa
Te proteger me satisfaz
Só meu coração entende
A felicidade que me traz

Através dessa poesia espero que compreendas
Tudo o que sinto, o que guardo só pra mim
Penso em ti o tempo todo
Sempre, todos os dias do início ao fim




Garcia, Samuel. "Sempre". Setembro de 2012. http://livredialogo.blogspot.com.br/
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domingo, 23 de setembro de 2012

Olhos negros desconcertantes - Parte 8


                                                                      8.
Acordei com Sr.ª Blair tricotando ao meu lado. Olhando ao longe acredito que pareceria apenas uma avó desfrutando de um hobby, mas de onde eu a olhava, Sr.ª Blair ainda tornava-se assustadora.
- Não é que acordou a D. Madalena? – Ela disse sem tirar os olhos do tricô. – Como está? O Doutor logo virá aqui.
– Estou bem, não preciso de um médico...
- Sr. Petrus já mandou chamar o Doutor – disse-me Sr.ª Blair – é melhor que se sente aí e o espere!
 Não foi um pedido. Desde já percebi que naquela casa seria assim; nada de pedidos, apenas ordens. Sentei e esperei. Nunca fui de grande obediência, entretanto, a verdade é que não tinha forças para rebeldia.
 Enquanto esperava o Doutor, Petrus chegou. Despontou a sala e encarou-me. Só então notei que seus olhos eram normais, aliás, desconhecia o que me prendera a eles. Não emitiu som algum claramente. Sentou-se ao meu lado e fitou-me. Não dissemos nada. Havia algo de errado, não? Ah! Sim. Na verdade, faltava. Era o mistério... O mistério que o rodeava perturbava-me. Onde estava? O que nos unia desaparecera tão rapidamente quanto nos uniu.
 Bastou pouco tempo para que o Doutor chegasse. Petrus a seu lado pareceu-me aflito. Será que já tinha percebido que não havia mais motivos para que eu ficasse ali?
- Como se sente Madalena? Sou Dr. Carlos. – Disse estendendo a mão para um comprimento.
- Estou bem! Digo isto há horas... Não havia necessidade de chamá-lo Doutor.
 Carlos pigarreou e voltando os olhos para Petrus sorriu.
- Petrus é meu velho amigo. Conhece-o desde que éramos moleques, por isso, digo-lhe que ele nunca foi de apavorar-se por pouco e que se me chamou teve seus motivos.
 Deixei que Carlos me examinasse mesmo sabendo que estava perfeitamente normal por fora. O estrago estava no emocional!
 Depois que o Carlos se foi e Sr.ª Blair, com o pretexto de ter que arrumar o jantar, deixou-nos a sós; Petrus me parecia ainda mais aflito que nas horas que haviam passado.
- Madalena... Tu podes me acompanhar?
 Sem que me desse tempo para responder, Petrus saiu porta a fora e eu apenas o segui.
- Vê isto tudo que já escrevi? - Disse-me apontando para as pilhas de folhas em todos os cantos. – Vê? Isto não é nada! As palavras me escolheram; e eu não tive escolha. Precisei aceitar o dom sem argumentar.  Eu não posso dizer não as frases, não posso me recusar a escrevê-las. Elas fazem parte de mim mais do que meus órgãos mais do que a minha alma...
 Afastei-me e olhei-o com medo, então Petrus segurou-me os ombros e fixou os olhos no meu.
- Mas... Tu, Madalena... Tu trouxeste sentido a minha vida! Vida que desperdicei todos estes anos. E só agora tu vieste... Se soubesses há quanto tempo lhe espero! Há quanto tempo quero ser tua luz...
- Minha luz? – Sussurrei.
- Sim...
 Gargalhei com tanta vontade que Petrus me soltou incrédulo. Questionou-me com olhos enquanto gesticulava nervosamente para que eu me explicasse.
- Basta desta moda de “doer-se”! – Sentei e acendi um cigarro – Estou exausta... Exausta deste teu jeito. Vens, fica, marca e depois some? Meu bem, eu sei que tu acreditas saber tudo que me passa pela cabeça, mas não sabe. Ninguém, nunca, soube ou saberá!
- E a telepatia?
- Faça o que quiseres com ela... Telepatia é bobagem! E tu só acreditas por que é bobo. – Gritei.
- Bobo? – Disse-me Petrus, colando nossos corpos. – Bobo o bastante para acreditar que quando tu olhas nos meus olhos assim, desconcertando para me concertar, é pedindo pra que eu não vá embora... Eu sei que é pedindo pra que eu não te deixe!
  
Farias, Maikéle. "Olhos negros desconcertantes - Parte 8". Setembro de 2012. http://livredialogo.blogspot.com.br
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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Questões de Artes.

   As questões contestadas abaixo apresentadas constituem um trabalho avaliativo realizado no ano pretérito pela professora de Artes. Espero que este material possa ser útil ao leitor de alguma forma.
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Arte paleocristã.
   1. Como era a Arte paleocristã ou primitiva, onde era feita e quem a produzia? A Arte paleocristã ou primitiva era volta à religião, representando por via de pictogramas e símbolos a fé cristã. Desenvolveu-se durante o Império Romano, ainda quando tal religião era considerada pagã e, destarde, perseguida. Os seguidores de Cristo reuniam-se nas catacumbas para realizarem seus cultos salvaguardados da perseguição, foi justamente nesses locais que tal Arte principiou.

Esculturas.

   2. Como é a escultura durante toda a Idade Média? Era dominada pelos princípios religiosos, não tinha por fim glorificar a figura humana, assim, não possuía expressão; quase ou nada de movimento. Era em geral talhada em baixo relevo, incorporada à fachada dos prédios ou às paredes. Não tinha proporção ao retratar as figuras humanas, sendo comum observá-las alongadas.
Iluminuras.



   3. O que são as iluminuras? As iluminuras são pinturas de ornato, realizadas minuciosamente nos pergaminhos produzidos em conventos e abadias durante toda a Idade Média. As iluminuras podem apresentar-se nas letras capitulares, ilustrações e demais elementos decorativos desses manuscritos. 




  4. Por que se diz que a Arte medieval era convencional? Diz-se que a Arte medieval era convencional porque acatava as imposições da Igreja, ou seja, era circunscrita ao que determinava a fé, tanto nos temas quanto à forma de produção. Um determinado santo, por exemplo, São Pedro, deveria ser representado sempre, fidedignamente igual, sem alteração alguma (sequer de proporções), para que fosse sempre reconhecido pelos fiéis em qualquer lugar.
Verticalismo.



   5. O que significa o verticalismo na Arte gótica? O verticalismo significa que as construções têm alturas gigantescas (são maiores na vertical); reforçando o sentimento de pequenez do homem frente à magnificência do Celestial. 



Vitral.
   6. Que elemento da Arte gótica é responsável pelas paredes luminosas e coloridas? Os vitrais são responsáveis pelas paredes luminosas e coloridas, pois substituíram a pintura mural, sendo compostos a começar de fragmentos de vidro colorido, formando a imagem ou imagens desejada pelo artista.
Essa técnica só foi possível em razão do uso de pilastras ou feixes de colunas, e de uma série de suportes, como arcobotantes e contrafortes que substituíam os muros e paredes compactas e muros espessos das construções (substituídos pelos vitrais). Essa técnica também viabilizou que as construções tivessem proporções maiores, pois dividia e sustentava o peso de paredes e abóbadas pesadas.



   7. Por que se diz que a Arte românica é uma Arte didática? Já que durante a Idade Média, o conhecimento era detido apenas pelo clero, ainda que boa parte deste fosse iletrada assim como a maioria absoluta da população (além do Latim como único idioma oficial da religião Católica), a Arte às paredes dos templos cristãos tinha por finalidade representar as passagens Bíblicas, destarde proporcionando aos fiéis o ensinamento catequético. Assim, diz-se que a Arte no período Românico tinha motivos didáticos. 


Perspectiva hierárquica.

8. Explique o que é perspectiva hierárquica. A perspectiva hierárquica nada mais é do que uma técnica de pintura onde se representa por ordem de tamanho das imagens o grau de importância do indivíduo. Quanto mais elevada sua posição, maior o tamanho de sua imagem em relação aos demais. 




   9. Elabore e responda uma questão sobre a Arte Bizantina. 
        - Aborde sobre a Arte como um todo durante o período Bizantino. 
A Arte nesse período era convencional; estava completamente a emprego de Deus e do Império. Desconhece volume, ou seja, suas pinturas não possuem tons contrastantes que proporcionem ideia de volume; não tem perspectiva, isto é, não possui profundidade; possui demasiadas superfícies planas; magnificência em decoração, sempre ornada com bastantes pedras preciosas, ouro e diversos materiais; possui cores vivas; e claro, sempre com temas religiosos. 
Sua pintura é bidimensional, manifesta-se em miniaturas, iluminuras e imagens, além de grandes obras como mosaicos e pinturas murais.
A escultura tem predileção pelo baixo relevo, mostra-se inclusive em miniaturas em marfim, sendo que as figuras são estilizadas, com muito pouco ou nada de movimento, comumente figuras finas e sem muito sentimento. Utilizavam-se muito do ouro, vidro e marfim.
Na arquitetura a Arte Bizantina desenvolveu-se mais. Suas principais características são as cúpulas e as plantas de cruz grega às igrejas. A planta de cruz grega servia para centralizar corretamente a cúpula, dando-lhe uma melhor sustentação. O atual Museu de Hágia Sophia é um dos maiores exemplos da arquitetura desse período, levou 05 anos para ser construída, com 10.000 homens trabalhando em sua edificação. Tem uma cúpula de 34 metros de diâmetro e altura de 56 metros. Seu interior é ricamente decorado, incluindo mármores diversos e preciosos.


Arte Bizantina.
Arte Bizantina.
Mosaico - Arte Bizantina.

Hágia Sophia.
Complemento da questão 6.


































   Farias, M. S. "Questões de Artes". Setembro de 2012. http://livredialogo.blogspot.com.br/
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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Diálogo de uma freira com um livre pensador


Sumário: Entrevista que com uma freira de certo convento, prestes a ser profanado, teve um jornalista que se julga livre-prosador.
O que se vai ler é o diálogo ultimamente travado entre uma freira, abadessa ou priora de certa comunidade, nesta capital, e um jornalista que entendeu oportuno entrevistá-la.

Freira — Diz o senhor que tem qualquer cousa a tratar comigo. Pode falar.

Jornalista — Reverenda madre, eu quisera obter informações que me habilitassem a escrever com acerto sobre o seu convento, e dele dar ao público uma notícia que não se apartasse da verdade.

F. — Notícia ao público! E que temos nós com o vosso público, isto é, com o mundo de que voluntariamente nos afastamos, cortando até mesmo os laços de família que a ele nos prendiam?

J. — Não ignoro que menosprezais o mundo, mas não é menos certo que ele vos não menospreza e que se ocupa convosco. Vossa existência murada é um incentivo para a curiosidade. Por trás das chapas e das grades farejamos uns mistérios que ardemos por descobrir. Neste século de publicidade tendes o atrativo do que se recata e esconde. Natural é, pois, a trêfega indagação que ao redor desta casa vagueia, e da qual nós, os homens de imprensa, somos os órgãos naturais. Não seria, pois, preferível dizer-lhes logo o que é, por não deixarmos lugar a conjecturas talvez errôneas e nocivas?

F. — Se assim é como dizeis, o que de melhor poderíeis fazer seria explicar-lhe, ao vosso público, que por trás destes muros e nesta associação religiosa não há outros mistérios senão os da nossa religião, exarados no catecismo. Como vivemos e o que fazemos consta, outrossim, da nossa regra monástica, que muitas vezes se tem publicado.

J. — O público, ou, se preferir, o mundo não pode compreender por que, quando em torno de vós tudo se move e se agita, assim persistis na imobilidade do claustro.

F. — Não me pareceis lógico afirmando a nossa imobilidade, quando há pouco parecíeis de todo ignorar qual o nosso gênero de vida; e singularmente vos enganais acreditando que vivemos ociosas. Ainda mesmo supondo que não trabalhemos materialmente, o que não é bem verdade, ainda assim grande e importante seria a nossa tarefa. As mãos que se erguem para o céu fazem um imenso trabalho: não foi um santo, mas um dos vossos, Victor Hugo, quem o escreveu nos Miseráveis.

J. — Muito folgo, reverenda madre, que me citeis, não padres da Igreja, que não leio, mas pensadores profanos, o que mostra que os tendes lido, ao menos alguns, e isto nos abre um terreno, conhecido por nós ambos e em que sem constrangimento nos poderemos encontrar.

F. — Antes de professar li o que intitulais pensadores profanos, e estimo que isso vos traga qualquer vantagem para nos entendermos. Permiti, porém, que assinale uma das vossas fraquezas habituais. De ordinário, em vossa profissão de jornalista, quando, por exemplo, tendes de atacar a administração militar, procurais livros e autores que especialmente se ocupem da matéria. Tratados de ciência naval não faltariam na vossa biblioteca se tivésseis de escrever sobre marinha... Mas como é que todos discutis assuntos religiosos, sem conhecer ao menos os rudimentos da fé e da disciplina católica? Não falaríeis, certamente, sobre a literatura francesa do século décimo oitavo sem leitura de Voltaire; e vós mesmos, que vos propondes escrever sobre a vida monástica, jamais tendes lido um dos bons tratadistas que vos diriam o que ela seja!

J. — De boa mente confesso que aí não vos falta alguma razão, desde que a censura se dirija a mim, ou a qualquer outro publicista de penúltima classe; mas não acredito que seja fundada em relação aos verdadeiros cientistas.

F. — Haeckel, verbi gratia, o emérito propugnador do monismo, não o tendes por cientista às direitas? Pois bem, ainda outro dia ele assombrava o mundo religioso, revelando, em uma polêmica, a mais estupenda ignorância dos dogmas católicos, por isso que confundia a Encarnação do Verbo com a Imaculada Conceição de Maria. Os vossos governos, aliás, fomentam essa ignorância, proibindo que em país de católicos se ensine a doutrina católica.

J. — Isto se faz para assegurar a liberdade de consciência.

F. — Perdão: então não apanhastes o meu argumento, ou antes fui eu quem não se fez compreender. O que digo é que, independentemente de qualquer intimativa, coação ou sedução religiosa, a doutrina cristã deveria ser ensinada em vossas escolas como elemento essencial e indispensável para a compreensão da atual ordem de cousas, da civilização ambiente. Que fazeis para entender a vida grega e romana? Ler e reler a Cité Antique, de Fustel de Coulanges, ou qualquer outro autorizado especialista. Em Constantinopla, nada entenderíeis da cidade otomana e de seus usos, se de todo estranho vos fosse o Alcorão. Pois bem! viveis em uma sociedade católica — eis o fato — e sonegais aos vossos alunos o único livro que lho poderia explicar.

J. — Percebo agora, reverenda madre, a força de vosso raciocínio, e não vos negarei que, conquanto especioso, não acho de pronto com que o refutar. E igualmente vos dou o parabéns pela agudeza dialética que exibis e que, com franqueza, não pensava encontrar neste retiro, onde fora de supor que no misticismo se embotasse o gume da razão.

F. — A devoção mais fervorosa não é incompatível com o cultivo das letras; e, se acaso vos não tivera esquecido a história literária, bem presente vos seria a nossa matriarca Santa Teresa de Jesus, cujas obras ao mesmo tempo exornam a literatura sacra e enaltecem a prosa e a poesia espanholas do século décimo sétimo.

J. — Teresa de Cepeda e Ahumada foi, reverenda madre, um poderoso engenho sobre-excitado pela histeria, e que, excepcional em tudo, não pode ser trazido como regra.

F. — Nem eu vos digo que Santa Teresa deva ser tomada por espécime comum da intelectualidade monástica; da mesma sorte que para espécime da vossa inteligência há fora, no mundo, erradamente se apontariam extraordinários intelectos. Na canonização de Santa Teresa, em 1622, Cervantes compôs uma ode, que foi lida por Lope de Vega. Ora, entre vossos romancistas e dramaturgos não vejo quem com esses dois vultos possa suportar o confronto.

J. — Está bem, reverenda madre, e peço que a mal não tomeis aquilo que me escapou no tocante à histeria: falo como homem do meu século, ao qual repugna o sobrenatural.

F. — Duplo engano, meu filho. Em primeiro lugar não há confundir histeria com o que chamais a exaltação da nossa santa. Vossos hospitais estão cheios de histéricas, e é singular que lá esse estado nervoso só conduza a disparates e loucuras, ao passo que na monja incomparável tão acima se elevou das melhores capacidade contemporâneas. Sei que há uma escola, ou antes, um grupo, para o qual todo gênio é uma enfermidade mental. Napoleão foi um epiléptico... Quero crer que o perfeito equilíbrio mental seja para esses tais a mais pacata mediocridade; e neste sentido lhes concedo que hoje tantos se exibam perfeitamente equilibrados.

J. — Este seria o meu primeiro erro; e o segundo...

F. — O segundo é supordes que ao vosso século repugna o sobrenatural. Pura ilusão! Sobrenatural e preternatural (que não são o mesmo) coexistem convosco, e neles estais e viveis imersos. O milagre permanente de Lourdes desafia todos os dias os vossos cientistas, que, não podendo negar os fatos, só têm para explicá-los uma palavra: — sugestão. O preternatural? Mas acaso ignorais que nesta cidade, quotidianamente, se evocam mortos, e milhares de pessoas, aos torvos de espíritos que por eles se apresentam, pedem o segredo da saúde e o da felicidade terrena, com sacrifício da futura? Nunca, eu vo-lo asseguro, nunca tão impregnado de sobrenatural e de preternatural esteve quanto agora o gênero humano. Nesta crise de fé, Deus amiúda os milagres, e para derribar a inconsistente fábrica do materialismo estavam reservadas aos nossos tempos as experiências dos ocultistas.

J. — Consenti, reverenda madre, que vos observe estarmos já muito longe do objeto que me induziu a importunar-vos. Não me dais licença para visitar agora o convento?

F. — Não. Vê-lo-eis depois, quando o tivermos deixado aos profanadores que dele vão fazer um hotel, segundo ouço dizer¹. Onde se rezava, há de haver festins e dissoluções... Tanto pior para vós! Nós continuaremos ociosas, como dizeis, ou trabalhando, como dizia Victor Hugo, com mãos e olhos alçados para o céu, que é donde baixa a complacência para os que oram e a misericórdia para os que pecam.

J. — Não receais que, mal guiada por vossos inimigos, à opinião se transvie a vosso respeito?

F. — A opinião? Não a conhecemos nem a tememos. Costumais lamentar, e quero crer que sinceramente, a privação de liberdade que nos impusemos... Mas acabais de proferir o nome de um tirano a cujo domínio estamos subtraídas: — a opinião. Dela tremeis todos, desde o primeiro magistrado da República até o último cidadão: e nós impassíveis a afrontamos, melhormente eu diria — nem sequer a avistamos. Morrem às nossas portas essas ondas lodosas que chamais escândalo. Nossos caluniadores, não podemos pessoalmente amá-los, pois não sabemos quem sejam, mas todos os dias rezamos por eles, de ordem expressa de Jesus: Orai pelos que vos perseguem e caluniam.

J. — Mas, se indiferente vos pode ser o aleive em circunstâncias normais, haveis de convir que em quadras agitadas ele pode motivar o esbulho, o desacato, a violência...

F. — Escutai, meu filho. Quando o sacrifício se faz martírio, tanto maior a graça de Nosso Senhor. lede a história da revolução francesa, e lá encontrareis, em um dos capítulos do terror, a execução das carmelitanas de Compiègne. Morreram contentes, entoando o Te Deum. A priora, uma nobre velha, reservara-se para o fim, não por prolongar de minutos a existência, mas para confortar com sua presença as mais novas, entre as quais algumas na flor da juventude. Morreram todas como os mais bravos dentre os homens! Se em uma de vossas revoluções, que tão amiúde se sucedem, alguma se lembrar de nos bater à porta, achar-nos-á junto do altar; e deste para o céu o caminho é curto, ainda que seja através do apupo e do martírio.

J. — Ninguém, felizmente, em nossa terra, reverenda madre, pensa em prejudicar-vos e menos ainda em perseguir-vos. A tolerância é um dogma da verdadeira democracia...

F. — Sei disso... Vós, por ora, nos tolerais como quem tolera o vício ou o desvairo das ruins paixões. Seja como for, será o que Deus quiser! Se nos tolerardes, como nos Estados Unidos, havemos de conquistar mansa e irresistivelmente as consciências; se nos perseguirdes, como na França e em Portugal, por nós clamarão, diante de Deus, a ignomínia e os sofrimentos a que nos submeterdes.

J. — Mais ou menos o que havemos dito formaria um artigo interessante, pela pintura de dois estados d'alma tão diversos quanto o vosso e o meu. Não haveria, talvez, mal em publicá-lo... E, neste caso, não me fixareis algum ponto, que particularmente desejareis que se soubesse?

F. — Sim. Dizei lá fora que, com amor fraterno, nós vos amamos a todos — aos que nos defendem e protegem, bem aos que nos injuriam e detraem... Dizei-lhes que a nossa prece é uma catedral que não se acaba, e que nas ogivas destas mãos continuamente alçadas há o labor de uma construção que não percebeis, porque não olhais para o céu!



1. Segundo indica este trecho, o convento onde se teria dado este suposto diálogo seria o da Ajuda, em cujo terreno foi construída a atual Cinelândia, no Rio de Janeiro.


Texto recebido por e-mail, desconheço autoria e veracidade.

sábado, 8 de setembro de 2012

A Mim só resta lembrar.

A mim só resta lembrar
Daquele primeiro carinho que recebi
Aquele amor incondicional dos meus pais
Bons momentos de alegria em que vivi

A mim só resta lembrar

Das minhas primeiras travessuras
Com minhas artimanhas
Levava todos à loucura

A mim só resta lembrar                                               
Do primeiro dia na escola
Por mais que a minha mãe me deixasse na sala
Eu sempre voltava pra ela, como uma mola

A mim só resta lembrar

Dos primeiros amigos
Alguns, desta vida precisaram partir
E outros, ainda estão comigo

A mim só resta lembrar

Daquela linda garotinha
Brincávamos de marido e mulher
Eu a achava uma gracinha

A mim só resta lembrar

Daquele primeiro beijo
Não foi um romance intenso
Tanto que pra seguir com a relação, não havia desejo

A mim só resta lembrar

Quando encontrei a mais bela flor
Aquela que Deus me enviou
Pra mim chamar de ''meu amor''

A mim só resta lembrar

Quando iniciei a faculdade
Meus pais tão felizes por mim
Agora era a hora de encarar a vida com seriedade

A mim só resta lembrar

Daqueles tempos árduos
Faculdade, trabalho, amigos e namorada
Não tinha muito tempo, mas eu dava cabo

A mim só resta lembrar

Daquele tão sonhado casamento
Me senti realizado
Depois, pra Deus fiz um agradecimento

A mim só resta lembrar

Daquela rotina diária
O intenso trabalho que me matava
E a folga que era precária

A mim só resta lembrar

Daquele nervosismo sem fim
Não pude me conter, as lágrimas escorreram
Quando meu bebê sorriu pra mim

A mim só resta lembrar

Quando meu filho deu os primeiros passos
Acompanhava o crescimento dele com minha esposa
Chegava e abraçava minha família, após um dia de cansaço

A mim só resta lembrar

Daquilo que ensinei ao meu filho
Ele praticamente me idolatra
Nunca me trouxe empecilhos

E aqui estou eu

Contando alguns momentos da minha vida
Minha família do meu lado
Com a velha memória jamais esquecida

Oitenta anos nas costas

A idade me pegou
Nesses vários versos
Relatos de alguém que sempre sonhou

Nessa minha história

Não relatei sofrimentos
Se sofri? sofri sim
Se chorei? chorei sim
Mas a cada sofrimento que eu passei
Aumentava minha fome por vitórias
Vivi minha vida em plenitude
Talvez esse seja o caminho das glórias



Garcia, Samuel. "A Mim só resta lembrar". Setembro de 2012. http://livredialogo.blogspot.com.br/
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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Origem da Semana Farroupilha.

   Há 62 anos, à meia noite do dia 7 de setembro de 1947, antes do Fogo da Pátria ser extinto, Paixão Côrtes, Cyro Ferreira, Antônio Siqueira, Orlando Degrazia, Fernando Vieira, Cyro Costa, Cilço Campos e João Vieira, compunham “Os oito bombachudos”, como viriam a ficar conhecidos. Eles capturaram uma fagulha da chama da Pira da Pátria utilizando um cabo de vassoura com trapos enrolados na ponta e transladaram esta fagulha a cavalo até o saguão do colégio Júlio de Castilhos, situado na cidade de Porto Alegre, onde esta permaneceu acesa em um candeeiro crioulo até o dia 20 de setembro em homenagem a os líderes farroupilhas. Estava então formada a 1ª Ronda Crioula da História. Durante esta ronda foram realizadas muitas atividades artístico-culturais com apresentações de gaiteiros, declamadores, dançarinos etc. Participaram da festividade Luiz Carlos Barbosa Lessa e Glaucos Saraiva. E para encerrar a 1ª Ronda Crioula, foi realizado o 1° Baile Gauchesco da história, o popular Fandango, no Teresópolis Tênis Clube de Porto Alegre, que contou com churrasco, pastel de carreira, café de chaleira, hora de artes e concursos de trajes gaúchos, que hoje são popularmente conhecidos por pilchas.

   Com o transcorrer do tempo, as comemorações da Ronda Crioula tornaram-se a Semana Farroupilha que em seu começo era distinta de hoje. Não tratava-se de uma festa com fins comerciais, e sim culturais. Cada piquete tradicionalista realizava a sua comemoração e no dia 20 reuniam-se todos em desfile.

    A Chama Crioula é considerada o fogo símbolo da fraternidade, ardor, paixão, hospitalidade e coragem. Representa o gaúcho idealizado no espírito heroico dos Farroupilhas, como ideais de justiça e liberdade, visando à aproximação dos povos.

   Barbosa Lessa e Paixão Cortes são as figuras mais representativas da cultura gaúcha, à sua época perceberam que nossa cultura estava se esvaindo, sendo aculturada. Dispuseram-se então a ir à campo pesquisar e restaurar nossas tradições. A cena do primeiro parágrafo, dos “Oito bombachudos”, não narra que, no trajeto até o colégio eles foram insultados e reprimidos pelos transeuntes que desprezavam o tradicionalismo. A perda dos valores culturais típicos do Rio Grande do Sul era tamanha, que se podia ser agredido caso se andasse pilchado na Rua da Praia. Talvez, se estes dois nomes, sobretudo, não tivessem se esforçado em reavivar a chama do tradicionalismo no coração dos gaúchos, em resgatar nossa cultura, fossemos hoje um povo alienado, sem fibra, influenciado pelos modismos meramente, afinal, como diz o Hino Rio-grandense: “Povo que não tem virtude acaba por ser escravo”.

   Hoje, novamente estamos passando por este infeliz processo de aculturação. Há muito que a Semana Farroupilha vem perdendo seus valores culturais - atualmente sequer a chamam de Semana, mas de Festa Farroupilha aqui em Piratini, prova concreta da ignorância de seu significado; estão transformando-a em uma simplória fonte de renda, um evento comercial, sem mais. Caso continuemos nesse rumo, será preciso que dentro em pouco surjam indivíduos dotados de inteligência, do mesmo caráter tradicionalista e audacioso como os nomes supracitados. O vídeo abaixo fala exatamente sobre isso, assistam-no, por favor. A música chama-se "De pura cepa", interpretada por Xirú Missioneiro.



Farias, M. S. "Origem da Semana Farroupilha". Setembro de 2012. http://livredialogo.blogspot.com.br/
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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Iniciativa de Isadora Faber.


A iniciativa da aluna Isadora Faber, criadora da página "Diário de Classe", a qual denúncia/denunciava as condições precárias de sua escola, muito mais que mostrar a realidade de no mínimo 98% das escolas públicas Brasil a fora, mostra que o Poder Público tem recursos de fato, para promover a revitalização dos prédios escolares que estão em ruínas, o que falta na verdade é boa-vontade e iniciativa de nossos políticos. Graças à ação da menina e a repercussão midiática que o teve, não demorou muito para que professores despreparados fossem trocados, assim como portas, mobiliário, tomadas etc., que estavam em mau estado. É interessante frisar que, a prova de caráter de Isadora está no fato de ela também saber reconhecer os acertos, as qualidades da escola e não apenas criticá-la, mostrando, ou antes, confirmando sua boa índole e preocupação única com condições dignas de estudo.
Se nós, estudantes de todas as esferas do conhecimento (universitários, alunos do Ensino Médio, Ensino Fundamental) nos uníssemos com o mesmo espírito, com o mesmo intuito que levou esta jovem a manifestar sua indignação publicamente, e lográssemos o auxílio da mídia em cobrarmos, de nossos governantes, melhorias reais na educação pública, certamente atingiríamos nosso objetivo. Todavia, além da desunião, existe o desinteresse a fixação, a priorização de assuntos fúteis como futebol e brigas mesquinhas por partidarismos vários, menos em prol daquilo que realmente interessa qual a educação de qualidade, em ambientes dignos.
Acorda Brasil! Povo unido jamais será vencido. Foi assim durante toda nossa História: da Independência ao fim da Ditadura Militar. Só precisamos de bom-senso, caráter, idoneidade, ética moral, vontade de fazer acontecer, de lutar por ideal digno e verdadeiro. O político nada mais é do que um representante do povo, um empregado da população, e como tal deve defender os interesses da maioria, senão de todos, os brasileiros. O voto é uma grande responsabilidade, não podemos agir leviana e egoisticamente quanto a isso: não se trata apenas do teu futuro, mas sim de muitas outras pessoas que estás depositando nas mãos do candidato a que confias a liderança da nação, do estado ou da cidade. É preciso avaliar criteriosamente o temperamento e as qualidades intrínsecas do candidato, assim como se ele fará bem a toda a sociedade, amplamente, e não apenas a um grupo ou a aspectos circunscritos da população. Um grande problema hoje é justamente esta consciência, que não cabe em tão poucas linhas, pois é digna de um trabalho científico, da responsabilidade, do peso, das (in)consequências do ato de votar.
Aristóteles distingue em matéria de governo três tendências-formas, sendo a Democracia, por ele descrita, como a forma na qual o governo é exercido pela totalidade do povo, ou seja, por seus representantes eleitos. A Democracia pode ser dividida em diferentes tipos, sendo a distinção mais importante entre “Democracia Direta” (algumas vezes chamada de Democracia Pura), onde o povo expressa sua vontade por voto direto em cada assunto particular; e a “Democracia Representativa” (algumas vezes chamada de Democracia Indireta), onde o povo expressa sua vontade por meio de representantes eleitos - que é nosso caso.
Necessitamos de leis, de regras, de um governo que as imponha à sociedade para que não vivamos uma entropia. É mais que necessário, sermos conduzidos pelo princípio da igualdade, do respeito, da circunscrição da liberdade individual pela liberdade alheia, isto é, somos livres para fazermos o que quisermos, desde que isso não incomode, interfira, agrida, etc., as demais pessoas. Por isso estas palavras do Papa Celestino I: "O povo deve ser ensinado, não seguido".
No obstante, jamais devemos nos esquecer do poder que detém o povo, de seu direito de lutar e reivindicar melhorias, condições dignas, qualidade, sobretudo, em todos os setores de monta pública, afinal, compreende-se que a finalidade do capital acumulado pelo Estado deva ser proporcionar ao povo bem-estar, e não enriquecer ilicitamente, ou com salários exorbitantes, os políticos...
Pensem! Pensar ainda é de graça! Ainda... 

Farias, M. S. "Inciativa de Isadora Faber". Setembro de 2012http://livredialogo.blogspot.com.br/
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