quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Resenha do livro "O Homem que Calculava", de Malba Tahan.

Tahan, M. O Homem que Calculava. Rio de Janeiro, Record, 2010. 300 p. 79° ed.

O Homem que Calculava é a alcunha atribuída ao protagonista deste romance infanto-juvenil, Beremiz Samir. Dotado de uma impressionante habilidade matemática - e, porque não dizer, também filosófica -, Beremiz mostra que a matemática apresenta-se de uma forma bastante divertida e variada no cotidiano das pessoas, elucidando os mais variados enigmas matemáticos – de simples cálculos a operações complexas e de pura lógica.

O livro é uma narrativa de Hank Tade-Maiá, personagem secundário que encontra porventura Beremiz no deserto, o leva à Bagdá e o acompanha em sua estada por lá, relatando neste livro as aventuras de seu amigo. Está dividido em trinta e quatro capítulos, com notas de rodapé postas pelo autor e também dos editores explanando o significado de determinadas expressões. Esta edição conta ainda com um glossário e um apêndice.

Logo após encontrar Beremiz e fascinar-se com seu talento matemático e convidá-lo a seguir viagem para Bagdá, Hank e nosso protagonista encontram no caminho um grupo de irmãos que discutem a partilha de uma herança de camelos. Beremiz elucida a divisão de 35 camelos por três irmãos, o que causa admiração e gratidão no grupo.

Samir conta a história de sua vida. Um pastor de ovelhas, humilde que até conhecer Nhô-Elin – seu mestre -, ignorava os eruditos caminhos da matemática. De forma incrível, ele aprende desde a história até as áreas mais complexas da matemática utilizando como molde para seu aprendizado a própria natureza. Contando ovelhas, dia após dia, e com instruções de seu mestre, foi desenvolvendo habilidade de calcular qualquer montante a partir da observação e do emprego da lógica.

De pouco em pouco, passou a contar além de rebanhos inteiros, o número de folhas que possui uma árvore, quer seja em seu total ou por galhos. O número de pássaros que porventura voassem por sob sua cabeça, o número de tâmaras ainda nos galhos das árvores, enfim, cálculos homéricos, que a nós mostram-se tétricos, a Beremiz era entretenimento.

A redação do livro gira basicamente em torno das proezas matemáticas do Homem que Calculava que resolve antigos enigmas matemáticos e histórias, como, por exemplo, o surgimento do xadrez, o “x” da vida, as pérolas do rajá etc. Tem por base os costumes e as tradições árabes, os quais marcam o enredo do romance. Ao final, Beremiz acaba por casar-se com Telassim, filha de Iezid-Abul-Hamid, a quem “conheceu” por ventura de ensinar matemática.

O interessante deste livro, além do romance bem arquitetado em torno de lendas, costumes árabes e problemas matemáticos é a ligação que faz entre as ciências e a vida cotidiana. Com explanações simples, Tahan deu vida a um brilhante protagonista que mostra que a matemática apresenta-se trivialmente, resolvendo e criando problemas matemáticos com uma facilidade que faz com que o leitor passe a ver a álgebra como algo menos complexo do que de costume.

Percebe-se claramente que o objetivo de Malba Tahan ao dar vida a Beremiz era o de mostrar não somente que a matemática, como também, história, geografia, teologia e as demais áreas de estudo encontram-se em cada coisa ao nosso redor. Que a divisão disciplinar feita pelo mestre nas instituições de ensino existe somente ali, pois na natureza elas apresentam-se mescladas, dependentes uma da outra. Evidencia assim o que é tácito: o conhecimento é uma coisa só.

A escolha cultural do personagem não se fez ao acaso, visto que, os árabes, assim como os indianos (citados algumas vezes por Beremiz) possuem grande influência e contribuição na estruturação da matemática, embora esta tenha em sua origem a contribuição de vários povos antigos, como, por exemplo, os egípcios e os gregos.

Malba explora as mais diversas áreas da matemática, convidando ao leitor tentar elucidar questões ali propostas ou mesmo criar enigmas. Embora não tenha por objetivo ensinar lógica, esta é presente constante na trama de forma sutil.

Esta é uma obra atemporal, com valor pedagógico indiscutível, seja para a literatura brasileira ou para a matemática, visto que, trabalha o raciocínio do leitor e ensino da matemática através da ficção, trazendo curiosidades acerca da história e da ciência matemática. Embora destinado a um público jovem, trata-se de uma obra que certamente é aprazível a todos os públicos. Podendo ser assaz trabalhada em sala de aula dependendo do objetivo pedagógico do mestre, indiferentemente da disciplina.

Malba Tahan é o pseudônimo do professor de matemática Júlio César de Mello e Souza, autor de mais de quinze livros sobre os costumes e lendas do povo árabe dentre outros, todos com valor pedagógico. Foi um dos maiores divulgadores da matemática no Brasil. Nasceu no Rio de Janeiro em 06 de maio de 1895 e faleceu em Recife em 18 de junho de 1974. Graduou-se como engenheiro civil na Escola Politécnica e como professor na Escola Normal. Dentre suas 120 obras, podemos citar: “A Estrela Dos Reis Magos”; “Matemática Divertida e Delirante”; “A Arte de Ler e Contar Histórias” etc.

Farias, M. S. “Resenha do livro O Homem que Calculava.”. Dezembro de 2011. www.livredialogo.blogspot.com 

    Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported. Deve ser citada conforme especificado acima.

Licença Creative Commons
Esta obra de Farias, M. S., foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Baseado no trabalho em livredialogo.blogspot.com.br.
Permissões além do escopo dessa licença podem estar disponível em discente.farias@gmail.com.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Alterações Curriculares no Ensino Médio gaúcho 02.

      Finda a deliberação municipal, tive novamente o privilégio de ser sorteado membro da delegação de alunos que representaria o município na esfera deliberativa com as escolas sob a jurisdição da 5° Coordenadoria Regional de Educação. Para tanto, resolvi elaborar novamente um texto com base no que havia sido aludido na primeira fase deliberativa.

       Um fato um tanto quanto curioso que considero relevante referir aqui é que ao questionar ao senhor Coordenador de Educação e ao palestrante convidado pela 5°CRE, o professor Dirnei (ou Dirlei) "O que o senhor vê como qualidade, qual a meta de qualidade educacional do estado e o que é qualidade para o governo? No instituto onde estudo há salas com capacidade para 30 alunos abrigando 53 educandos. Não se pode falar em qualidade de ensino sem que se tenha estrutura para tanto - as escolas terão estrutura? Como regatar a imagem de escola como ambiente de debate intelectual? Por que de um prazo tão curto para a apreciação destas mudanças? Não seria preferível dar um prazo um pouco maior para que isto seja discutido e, assim, contar com o apoio dos professores e dos sindicatos do que fazê-lo na iminência de uma greve?". O palestrante fez as devidas ressalvas (de que havia perguntas para a mesa e não para ele), cumprimentou-me pela pergunta do "debate intelectual" e começou a respondê-la, porém, parou e, indicou-nos um livro de Sociologia. Eu, até então pensava que, pelo fato de as perguntas serem dirigidas à Mesa, o Coordenador as responderia (aliás, o que era sua obrigação), mas para frustração minha e dos presentes não  houve resposta. Fui ignorado. No segundo bloco, (após a pausa para o almoço), solicitei o direito a palavra para argumentar novamente e solicitar que me fossem respondias as questões, mas a resposta do professor Círio foi: "vamos dar a palavra a quem ainda não falou". Assim, retornei à mesma em que fui: com dúvidas...


“Estudar significa: mudar o que se sabe e mudar o comportamento”. (Dr. Roberto Funck)

* O choque do educando quando sai do Ensino Médio e chega à Faculdade.
Durante todo o ensino fundamental e médio, o aluno é ensinado pelo mestre sobre uma determinada metodologia que, geralmente consiste em levar ao educando o conhecimento, explicá-lo, trabalhá-lo, enfim, a missão do professor é proporcionar uma base cognitiva que o aluno utilizará pelo resto de sua vida. À faculdade a missão do professor e a metodologia deste é outra: orientar o estudo do aluno. Ou seja, é o aluno quem vai à busca do conhecimento, quem terá de analisar e refletir sobre isso. Portanto, o aluno tem de saber buscar informação em fontes diversas, saber selecionar a informação apropriada e, utilizar essa informação de forma fecunda, ciente e apreciativa. É o aluno quem está mudando, expandindo seu conhecimento, sua postura. Isso exige um desenvolvimento para pensar diferente, evoluído com relação ao segundo grau. O aluno quando chega ao ensino superior tem de estar disposto a remodelar o que sabe alterar sua conduta em relação ao aprender, ao granjear conhecimento, do contrário ele estagna, pois não consegue se adaptar as novas formas de ensino.

Há, portanto, necessidade de que o aprendizado no Ensino Médio direcione o aluno a essa forma de aprender, para que ao menos, amenize esse “choque” entre o Ensino Médio e o Ensino Superior, pois muitos jovens não conseguem, num primeiro momento, atingirem uma boa colocação à faculdade por conta do tempo que levam adaptando-se a nova metodologia.

 *Formar cidadãos reflexivos e dotados de senso analítico.
Um dos principais problemas que há no Ensino Médio atual é o fato dos alunos muitas vezes não refletirem, tampouco analisarem as informações que estão recebendo, simplesmente as decoram, pois comumente os métodos avaliativos convencionais não exigem que ele responda de forma refletida, conquanto que decorada, não medem o qualitativo da aprendizagem, mas sim o quantitativo. Com isso, cria-se indivíduos que não pensam, memorizam teorias, as quais olvidam em curto prazo. Assim, muitas vezes pelo fato de não compreenderem amplamente o conteúdo lecionado, acabam inobservando uso empírico desses conhecimentos, tornando inexitosa a aprendizagem.

As alterações vigentes almejam mais do que estabelecer uma íntima relação entre segundo grau e mercado laboral coetâneo, mas um principio educativo de desenvolvimento das aptidões cognitivas e intelectuais complexas, desta forma, provocando a reflexão por parte do educando. Reforçando, assim, a máxima de escola como ambiente originador do diálogo dos distintos saberes.

Há, portanto, a necessidade de uma nova metodologia avaliativa, pois a capacidade intelectual e cognitiva de cada individuo pode apresentar de forma diversa, além de que será um meio de avaliar se realmente o aluno está refletindo, aprendendo o que lhe está sendo apresentado, ou apenas memorizando.

 * A necessidade de preparar o aluno para competir na vida profissional.
No último Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), as melhores colocações no índice de desempenho dos alunos foram ocupadas em sua maioria por escolas particulares, sendo que, segundo divulgação de um dos meios do Grupo RBS, a melhor colocação de uma escola pública foi o 13° lugar, isto é, de uma escola pública militar.

Na plenária realizada à cidade de Piratini, com a presença do professor Sírio, coordenador de educação da 5ª região (5ªCRE), foi colocado que, muitas vezes o mestre que leciona à rede privada, leciona também à rede pública, porquanto, não poder-se-ia apontar como problemática a atuação do professor. Infere-se, portanto, que o problema seja o sistema educacional.

A grande preocupação dos discentes que fizeram-se presentes à referida deliberação é de estarem ou não preparados para competir com os alunos de redes privadas e, até mesmo, com relação a qualidade do ensino que estão tendo.

As mudanças trazem dúvidas, e muitas, diga-se de passagem, mas tem como proposta “garantir aos alunos da rede estadual uma educação de qualidade, com cidadania, formação integrada e vinculada as necessidades do mundo contemporâneo” ¹.

Só poderemos analisar se esta reestruturação terá saldo positivo ou negativo quando findo o primeiro ano de sua implantação (2012). O fato é que, nosso sistema educacional encontra-se fragilizado, para não dizer em ruínas e, necessita com urgência de retificações que atentem à realidade dos educandários, docentes e discentes, visando melhorar a qualidade da educação, preparando o jovem para a cada vez mais exigente e competitiva vida profissional.

* A competitividade e seletividade do mercado de trabalho.
Dedicar-se a formação de qualidade de um profissional não significa educá-lo para acatar normas da sociedade neoliberal. Nesta, o mercado laboral é mostrado como um elemento impraticável de modificações, assim, quem há de adequar-se é a educação e o indivíduo as exigência de tal mercado. Parte-se da ideia de que a escolha de profissionais é natural, como se todos participassem do processo seletivo com as mesmas condições. Essa fala encobre, entretanto, que é na verdade no mercado de trabalho onde principia a exclusão social e a exclusão educacional; trata-se de um espaço altamente seletivo que visa à qualificação e qualidade acima de tudo.

Tendo em vista que o plano do governo com esta reestruturação do Ensino Médio é reduzir as desigualdades sociais e, aproximar o ensino das exigências do mercado de trabalho, questiona-se se haverá políticas publicas e planos sociais que deem apoio e garantam o acesso e a permanência de todos ao sistema educacional.


1. Extraído de “Perguntas e respostas sobre a proposta de reestruturação do Ensino Médio”, documento oficial distribuído pela CRE pergunta: 14.


Farias, M. S. "Alterações Curriculares no Ensino Médio gaúcho 02". Novembro de 2011. www.livredialogo.blogspot.com
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported. Deve ser citada conforme especificado acima.

Licença Creative Commons
Esta obra de Farias, M. S., foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Baseado no trabalho em livredialogo.blogspot.com.br.
Permissões além do escopo dessa licença podem estar disponível em discente.farias@gmail.com.

Alterações Curriculares no Ensino Médio gaúcho.

      Para discutir essas alterações o estado do Rio Grande do Sul promoveu uma série de deliberativas e, em todas elas houve a presença de delegados representando a discentes, docentes, funcionários e pais. Eu tive o privilégio de compor a delegação que representa aos estudantes na esfera de discussão municipal e à fase de debate com as escolas que estão sobre a administração da 5° Coordenadoria Regional de Educação, atualmente dirigida pelo professor Círio Machado de Almeida.

      Nesta postagem eu lhes apresentarei o texto que elaborei para essa primeira fase de deliberação e, na postagem posteori argumentarei sobre minha participação na segunda fase das deliberações. Porém, que fique claro: todas as informações aqui apresentadas podem ter sofrido retificações nas fases deliberativas seguintes as quais eu não pude participar.
     
"Alterações Curriculares no Ensino Médio Gaúcho".


A teoria da mudança curricular do Ensino Médio é assaz aprazível, pois, em principio, o aluno será levado a elucubrar sobre os temas os quais está aprendendo em sala, assim como, desenvolver seu senso crítico. Outrossim, o aspecto referente a proposta de uma formação com olhos ao mercado laboral, uma vez que, seja, quiçá, o principal receio dos discentes, a preparação para tal, tendo objetivado um campo de trabalho o qual atenda as expectativas destes, levando-se em consideração a ferrenha competitividade existente entre profissionais de áreas diversas, reclamando nesta configuração a erudição.

A forma atual de educação, inclusive argumentado semelhantemente no documento de proposição, fragmenta o conhecimento em disciplinas com o intuito de facilitar a aprendizagem, entretanto, observa-se que número considerável de alunos apenas decora as teorias, muitas vezes sem sequer analisar com visão crítica, deste modo, inobservando uso empírico desse conhecimento teórico, tornando inexitosa à aprendizagem.
As alterações vigentes visam além de estabelecer íntima relação entre aprendizado e mercado laboral coevo, um principio educativo de desenvolvimento das aptidões cognitivas e intelectuais complexas, substituindo tal fragmentação simplificada, desta forma, provocando a reflexão por parte do educando. Reforçando, assim, a máxima de escola como “ambiente originador do diálogo dos distintos saberes”.

Não obstante, entre teoria e prática há certa distância, afinal, o papel aceita tudo, a realidade nem sempre. Embora um dos objetivos principais destas alterações seja diminuir a evasão escolar, não foi levado em consideração que, muitas vezes esta se dá pelo desinteresse do educando em aprender, ou por outros fatores externos. Tais mudanças exigem também alterações na forma qual trabalha o corpo docente e, até mesmo, da estruturação dos educandários.

Em certo ponto, o documento relata: “[...] docentes devem conhecer os processos produtivos que são objeto das propostas de formação, de modo a assegurar a relação entre teoria e prática.”.  Haverá disponibilizada formação a estes?

Embora possa julgar-se que isto não seja preocupação aos alunos, é ela, sim uma aflição aos discentes, haja vista que, trata-se de nossa formação. A educação, assim como o conhecimento, trata-se de um todo, logo, qualquer alteração fragmentada afeta ao conjunto.

Sob uma óptica subjetiva, acredito que estas alterações propostas serão muito bem-vindas. Todos os cursos (Politécnico, Técnico Integrado e Normal), receberão modificações essenciais. O documento ainda sugere que se procure uma nova forma de avaliar aos alunos. Muito bem-vinda há de ser, pois se reconhece que a capacidade cognitiva e intelectual de cada um pode se apresentar de várias formas.
No entanto, vivemos hoje uma realidade em que, encontramos informações disponíveis a um “clique”, mas, em contraparte, estamos perdendo o senso analítico, agindo pelo impulso da influência. Por isso, digo que, se a prática da teoria destas mudanças ocorrer como planejado e, o aluno passar a desenvolver seu senso observador será ótimo, além de concluir o segundo grau certamente visionário de uma profissão a seguir, com um curso superior em mente.  

Mas, como enfrentar o desinteresse?

Como resgatar a imagem de escola como um local de debate intelectual?

Durante o último decênio nossa educação sofreu inúmeras alterações, nem todas para melhor, infelizmente, e a imagem do professor como uma autoridade se foi esfacelando. Hoje, o mestre digladia por atenção da classe. Como resgatar a consideração pelo trabalho de quem letra?

E nós, os alunos, como ficamos em meio a estas mudanças? O estado fornecerá subsídios às escolas para realização das pesquisas por parte dos alunos?

Em suma:
A teoria dessas mudanças é boa, mas e a prática? Os professores receberão cursos de formação para essas novas mudanças? E as escolas, terão estrutura?

A teoria é ótima, mas a prática é dúbia. Quem a escreveu, provavelmente nunca sujou-se com giz, baseou-se em dados de pesquisas para elaborá-la.

Reconhecemos, todavia, que esta é mais uma tentativa de mudança, para melhor da educação brasileira, hoje tão lesada, fragilizada. Esperamos que, esta mudança não seja frustrada. Ao certo, quem projetou as modificações deve ter pensado também, nos contratempos e variáveis que advém com a prática. 


Farias, M. S. "Alterações Curriculares no Ensino Médio gaúcho". Novembro de 2011. www.livredialogo.blogspot.com
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported. Deve ser citada conforme especificado acima. 

Licença Creative Commons
Esta obra de Farias, M. S., foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Baseado no trabalho em livredialogo.blogspot.com.br.
Permissões além do escopo dessa licença podem estar disponível em discente.farias@gmail.com.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Resposta ao artigo da revista "Brasileiros" sobre as personalidades mais "chatas" do ano.

 Sou um grande admirador das obras de Paulo Coelho, o considero um literato genial. Suas obras, embora fictícias, abordam temas interessantes, dos quais quem lê de forma refletida pode tirar algumas lições.
Gosto é algo muitíssimo subjetivo, eu não tenho o direito de condenar a ninguém por não lhes apetecer os escritos desse insigne escritor brasileiro. Conquanto, creio que, se não lhe apreciam é por não compreenderem o que ele visa transmitir em suas obras.
A cultura é um elemento perene, presente em tudo, de forma singular.
Acho que os brasileiros deveriam ler mais e, tentar compreender os autores que representam o Brasil à sociedade literária, como, por exemplo, Paulo Coelho (considerado um dos maiores escritores do mundo), José de Alencar e Machado de Assis (que foram grandes escritores em seu tempo e, que até hoje são nomes expressivos de nossa Literatura), e tantos outros. É muito triste saber que a nossa Literatura é muito mais apreciada no exterior do que em solo pátrio. A nossa sociedade precisa perder esse senso de inferioridade colonial em relação à Europa e aprender a valorizar, apreciar, compreender, admirar tudo que nasce neste solo.


Farias, M. S. "Resposta ao artigo da revista 'Brasileiros' sobre as personalidades mais 'chatas' do ano". Dezembro de 2011. www.livredialogo.blogspot.com

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported. Deve ser citada conforme especificado acima. 

Licença Creative Commons
Esta obra de Farias, M. S., foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Baseado no trabalho em livredialogo.blogspot.com.br.
Permissões além do escopo dessa licença podem estar disponível em discente.farias@gmail.com.

sábado, 29 de outubro de 2011

Cada geração com sua voga.

À sociedade coetânea uma nova voga de vestimentas com cores vivas, mescladas e chamativas vêm aflorando dentre os jovens. Há quem diga que tal estilo é um compêndio remasterizado da moda que vigorou nos decênios do século pretérito (XX) como, por exemplo, a voga “hippie”, a era do “rock-and-roll” e, até mesmo uma variação da vestimenta tida por tradicional/comportada; todos misturados com modismos recentes, a exemplo do “emo” e do “gótico”.

Esse estilo de característica efêmera está intimamente associado a movimentos e estilos musicais. Hoje, adolescentes cantores do gabarito do canadense Justin Bieber e da banda brasileira Restart fazem grande sucesso entre o público juvenil, levando-os a adotar – ou tentar – o estilo comportamental ou de trajar destes. O grande mal é que esses artistas vendem uma imagem “plastificada”, artificial, exercendo muitas vezes sobre os seus apreciadores não um sentimento de admiração, mas sim de idolatria.

A forma qual agem e trajam alguns jovens, ou grupo destes, indigita uma contraposição aos hábitos triviais, impostos pela formalidade social, que há décadas pauta-se por uma moral em tons sóbrios, pudicamente discreta ao agir. Tal comportamento juvenil possui um aspecto de apelo por singularidade e atenção, um meio de dizer: “hei, eu existo!”. Quando não motivados por esse intuito, em tons escuros trajando e maquiando, saem à rua utilizando o corpo e o comportamento numa manifestação de protesto contra conceitos e valores por eles observados como obsoletos.

É, de fato, um pouco – ou muito – difícil estabelecer porquês a estas vogas contemporâneas, haja vista que, alguns aderem ao comportamento por via de pressão social, pois veem nisso uma forma de entrarem para um grupo onde compartilhe ideais com outrem e, quem sabe, atingir o preterido destaque.

Moda e seus hábitos são coisas temporais; caracterizadores de gerações de adolescentes. Algo que sempre existiu e perpetuará o que não obsta de se renovar a cada “neófita” geração. Particularidades, características, trejeitos e o mais são componentes da miscelânea a que denominamos subjetividade e que deve ser respeitada perenemente.

Emos, coloridos, góticos e o mais: questões de pertencimento juvenil.

"É próprio da condição humana e, particularmente, da juventude buscar o absoluto, o sentido e a plenitude da existência. [...] jovens, não vos contenteis com nada menos do que os mais altos ideais! Não vos deixeis desanimar por aqueles que, desiludidos da vida, se tornaram surdos aos anseios mais profundos e autênticos do seu coração." Beato Papa João Paulo II. 


Farias, M. S. "Cada geração com sua voga". Outubro de 2011. www.livredialogo.blogspot.com

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported. Deve ser citada conforme especificado acima. Permissões adicionais podem ser obtidas através do contato discente.farias@gmail.com

Licença Creative Commons
Esta obra de Farias, M. S., foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Baseado no trabalho em livredialogo.blogspot.com.br.
Permissões além do escopo dessa licença podem estar disponível em discente.farias@gmail.com.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Conotativo

Os primos raios límpidos de sol principiavam a beijar o cume das montanhas suntuosas que circunscreviam o vilarejo de Oniro¹. Ao tocarem docemente a face das orquídeas que ornamentavam o jardim quase malekiano² frente à casa de Pensamento, fê-las despertar. Tão logo, igual procedeu Pensamento, ora trajando uma túnica de um branco celestial.


A acepção do traje de Pensamento não poderia ser outro senão o de que acordara visionário de um plano à sua vetusta amiga Ideia. Nas trevas que precederam, adormeceu cioso de que embotado estava de solucionar um problema que Humano o havia outorgado.


Saiu trotando via a fora, rumo à casa de Ideia, ao lá chegar participou-lhe de seu plano: “- Apreçada camarada, acredito que, a solução aos problemas de nosso amigo está contida nas entrelinhas de um alfarrábio. Se fortuitamente Humano o ler, Lucubração irá ajudá-lo a descobrir a resposta”.


Ao que Ideia redarguiu: “- Ora, haja vista, sem o auxílio de Lucubração quase nada se pode fazer In Mundi”.


Lucubração surge de chofre e, então cerra a prática ao sentenciar: “- In Mundo tudo se dá corretamente se todos nós por aqui trabalharmos”.


Cintilou nesse instante larga Lux no céu do vilarejo – indigito de que Humano captara a comunicação.


1. Significa “sonho” em grego;
2. Neologismo criado a partir do nome do artista iraniano hiper-realista Iman Maleki.


Farias, M. S. "Conotativo". Outubro de 2011. www.livredialogo.blogspot.com

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported. Deve ser citada conforme especificado acima.

Licença Creative Commons
Esta obra de Farias, M. S., foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Baseado no trabalho em livredialogo.blogspot.com.br.
Permissões além do escopo dessa licença podem estar disponível em discente.farias@gmail.com.

Musicalidade

A música é uma arte antiga que principiou com razões poéticas pelas mãos dos menestréis, pouco antes, porém, sem melodia, apresentou seus traços como canto gregoriano.

Ao decorrer dos anos passou por vários movimentos e períodos, como, por exemplo, o romanticismo e o barroco, respectivamente. Foi evoluindo.

Coetaneamente, nossa sociedade dispõe de vários gêneros e ritmos musicais, produto da evolução da música. Conquanto que hoje possamos dispor dessa variedade babélica, o conteúdo, o verso, já não traz algo aprazível como dantes. São letras pobres, vazias...

Não quero dizer que no século XXI não haja boa música, porque há. O problema é que já não há seletividade, senso crítico por parte dos ouvintes. Qualquer que seja o gosto que impõem a pressão social, logo é aceito.

Recentemente, um redator do site “Yahoo! Brasil” produziu um artigo no qual criticou seriamente a prática da idolatria por parte de fãs de músicos adolescentes, assim bem como a omissão dos pais ao consentirem em apoiar tal prática e os caprichos para preservá-la. Em meio a palavras um pouco acres e até mesmo agressivas, porém, em um padrão formal/culto da Língua Portuguesa, Regis, senão olvida a memória, disse que a juventude de hoje é vazia, incapaz de expressar-se com desenvoltura, corretamente através da Língua Portuguesa; pautando seu vocabulário por gírias e neologismos; e tendo como única forma de exteriorização dos sentimentos, a representação de um coraçãozinho feito pela junção das mãos. Ele atribuiu o sucesso de jovens do gabarito de Justin Bieber à incapacidade de interpretação dos fãs, que apreciam muito mais que suas letras musicais sem conteúdo, sua aparência genérica.

Concepções a parte, pode-se dizer que hoje não há mais músicas como outrora e a insipiência dos jovens colabora com isso. Não obstante, se avaliarmos de forma crítica encontrar-se-á ainda boa música.


Farias, M. S. Musicalidade. Outubro de 2011. www.livredialogo.blogspot.com

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported. Deve ser citada conforme especificado acima. 



Licença Creative Commons
Esta obra de Farias, M. S., foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Baseado no trabalho em livredialogo.blogspot.com.br.
Permissões além do escopo dessa licença podem estar disponível em discente.farias@gmail.com.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Língua Portuguesa.

Última flor do Lácio, inculta e bela, 
És, a um tempo, esplendor e sepultura: 
Ouro nativo, que na ganga impura 
A bruta mina entre os cascalhos vela... 

Amo-te assim, desconhecida e obscura, 
Tuba de alto clangor, lira singela, 
Que tens o trom e o silvo da procela 
E o arrolo da saudade e da ternura! 

Amo o teu viço agreste e o teu aroma 
De virgens selvas e de oceano largo! 
Amo-te, ó rude e doloroso idioma, 

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!" 
E em que Camões chorou, no exílio amargo, 
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Olavo Bilac.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ler e Crescer.

A leitura talvez seja dos hábitos o mais saudável. Ler é viajar por mundos e lugares, conhecer culturas e sociedades sem sequer sair de seu cômodo sofá.

Nas páginas dos livros entretemos a mente e a estimulamos a pensar, e desenvolver a imaginação. Adquirimos conhecimentos e expandimos nossos horizontes.

A leitura é sem dúvidas uma das ferramentas mais fidedignas dos estudantes, seja do ensino médio, fundamental, técnico ou universitário.

É comprovado cientificamente que, aqueles alunos que leem desde a primeira série, possuem um aprendizado mais rápido e dinâmico; desenvolvem um senso crítico mais coerente, além de terem muito mais facilidade de escrita e pronúncia das palavras.

Esses alunos em geral diferem um pouco dos demais, posto que, possuem uma fácil assimilação do conteúdo, além de uma base para alguns assuntos.

Certamente, os indivíduos que têm a prática da leitura, terão uma vida profissional agradável, visto que, sua capacidade cognitiva e de expressão é bem mais ampla em relação aos não-leitores.

O saudoso poeta Mário Quintana escreveu certa ocasião: “Os verdadeiros analfabetos são os que aprendem a ler e não lêem”. Devo admitir que ele tem razão.

Bastantes pessoas, privadas do conhecimento das letras têm vontade de poder ler, mas, como não obtiveram instrução no pretérito, ora se veem incapazes de adquirir letramento, o que, diga-se de passagem, não é bem verdade.

Assim, vemos que, aqueles afortunados com o conhecimento das letras, que negam-se a ler, são os verdadeiros analfabetos, analfabetos de imaginação, de vontade.
Ler, ter o hábito da leitura, seja pela literatura em sua amplitude, seja por artigos de periódicos, magazines ou qualquer outra fonte de informação que utilize a correta grafia da “última flor do Lácio”, constitui uma importância suma à vida dos estudantes de hoje, dos profissionais de amanhã, dos cidadãos brasileiros.

A literatura abre portas e janelas, estimula a mente e encanta.

Ler é algo que, pela sua grande importância, pelos benefícios ao indivíduo leitor, deveria ser assiduamente influenciado aos estudantes durante toda a sua vida acadêmica, pois ler e crescer são sinônimos; sinônimo de alunos aplicados, cidadãos éticos e capazes, profissionais brilhantes.

O mundo, aliás, um mundo, cabe dentro de uma obra literária.




Farias, M. S. "Ler e Crescer". Outubro de 2011. www.livredialogo.blogspot.com
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported. Deve ser citada conforme especificado acima. 

Licença Creative Commons
Esta obra de Farias, M. S., foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Baseado no trabalho em livredialogo.blogspot.com.br.
Permissões além do escopo dessa licença podem estar disponível em discente.farias@gmail.com.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Paciência...

Nossa sociedade evoluiu muito em termos tecnológicos, filosóficos e cognitivos. Hoje, com o auxilio de computadores e outras máquinas, somos capazes de realizar vários serviços simultaneamente. Por um lado otimizamos o tempo e a prestação de serviços, por outro, nos tornamos subservientes do tempo, do relógio. Temos itinerários cada vez mais acerbos. Vivemos numa infinda maratona contra o tempo, seja para chegarmos no horário certo à escola, no trabalho, ou então, nalgum compromisso pessoal.

Em meio a toda essa agitação dos tempos atuais, vamos nos tornando estressados, irritadiços, irrelevantes com tudo e todos. Por falta de paciência acabamos nos exasperando e tornando uma situação contornável em algo polêmico.

Tempos atrás, fui a uma livraria e papelaria no centro de uma cidade; uma senhorita bastante atenciosa estava a atender três outros clientes, mais a mim. Como estava de férias, não tinha eu mínima pressa. Via-se, porém, claramente que a funcionária estava cansada e agia o mais rápido possível para atender a todos. Uma senhora que analisava determinado material, sem perceber creio, o sobrecarrego da atendente, tachava-a, balbuciante, de incompetente de forma exacerbada pela demora na busca de certa pasta. A funcionária, no entanto, mesmo ouvindo as acres queixas, continuava seu serviço, sem nada comentar e, apesar do visível cansaço e do estresse da situação, mantinha a mesma atenção com os clientes da loja e o ar de simpatia.

Chamou-me atenção a contrastante conduta de ambas. Uma, apesar do estressante contexto, manteve a calma, e com paciência realizou seu serviço e evitou uma discussão. A outra, não tinha a menor paciência, sequer reparou no cansaço da funcionária.

Presuma que a funcionária não tivesse paciência e reagisse. O que sucederia?!

Paciência é uma virtude a ser cultivada, graças a ela evitamos muitos dissabores, assim como fez a funcionária da papelaria.

Como disse Rousseau: “a paciência é amarga, mas seus frutos são doces”. Muitas vezes, quando confrontados temos ímpetos de revidar, ou então quando nos outorgam uma tarefa árdua temos vontade de desistir, no entanto, com serenidade relevamos e seguimos em frente. Mais adiante, percebemos que adotamos a postura correta e evitamos infortúnios.

Vivemos em uma sociedade competitiva, nem sempre conseguimos atingir, num primeiro momento, nosso objetivo. Precisamos de paciência para aceitar a derrota e perseverança para ir adiante.

Paciência, de tão rara virtude pode ser interpretada erroneamente como cobardia e, até mesmo chegar a irritar a outrem dela desprovido.

[...] Em certas ocasiões é preferível relevar a revidar.

Ouvir boa música, ler um agradável livro, caminhar por uma paisagem de aspecto bucólico, são coisas saudáveis ao corpo e a mente, agentes da calma e da paciência.

O.B.S.: O presente foi elaborado à aula de Literatura em ocasião da prática textual relacionada ao texto poético “Passarinho”, de Mário Quintana.

Farias, M. S. "Paciência...". Setembro de 2011. www.livredialogo.blogspot.com

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported. Deve ser citada conforme especificado acima. 


Licença Creative Commons
Esta obra de Farias, M. S., foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Baseado no trabalho em livredialogo.blogspot.com.br.
Permissões além do escopo dessa licença podem estar disponível em discente.farias@gmail.com.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Dicas para interpretação de textos.

Não só os alunos afirmam gratuitamente que a interpretação depende de cada um. Na realidade, isto é para fugir a um problema que não é de difícil solução por meio de sofisma (= argumento aparentemente válido, mas, na realidade, não conclusivo, e – que supõe má fé por parte de quem o apresenta).
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de um texto

Para isso, devemos observar o seguinte:
1. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto.
2.Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente.
3.Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos umas três vezes ou mais.
4.Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar.
5.Esclarecer o vocabulário.
6. Entender o vocabulário.
7.Viver a história.
8.Não permitir que prevaleçam suas idéias sobre as do autor.
9.Interpretar o que o autor escreveu e não o que você pensa.
10.Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) do texto correspondente.
11. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafos, partes) do texto correspondente.
12.Ative sua leitura.
13.Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão.
14.Ver, perceber, sentir, apalpar o que se pergunta e o que se pede.
15.Cuidado com os vocábulos: destoa (= diferente de...) , não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras... Palavras que aparecem nas perguntas e que às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu.
16.Quando duas alternativas lhe parecem corretas ou certas, procurar a mais exata ou a mais completa .
17.Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas.
18.Quando o autor apenas sugerir idéia, procurar um fundamento de lógica objetiva.
19.Não se deve preocupar com a arrumação das letras nas alternativas.
20.As perguntas são fáceis, dependendo de quem lê o texto ou como o leu.
21.Cuidado com as opiniões pessoais, elas não existem.
22.Sentir, perceber a mensagem do autor.
23.Cuidado com a exatidão das questões em relação ao texto.
24.Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais.
25.Não se deve procurar a verdade exata dentro da resposta, mas a opção que melhor enquadre no sentido do texto.
26.Às vezes, a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta .
27.Descobrir o assunto e procurar pensar sobre ele.
28.Procurar estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem.
29.O autor defende idéias e você deve percebê-las.
30.Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na interpretação do texto.
Exemplo:
Ele morreu de fome.
de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização do fato (= a causa da morte dele)

Ele morreu faminto
Faminto : predicativo do sujeito, é o estado em que “ele” se encontrava quando morreu.

31.Todos os termos da análise sintática, cada termo tem seu valor, sua importância.

32.As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as idéias estão coordenadas entre si.
33.Todas as orações subordinadas têm oração principal e as idéias se completam.
34.Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado

Como estudar interpretação de textos?
Autor desconhecido

A dificuldade na compreensão e interpretação de textos deve-se a
falta do habito da leitura. Desenvolva o habito da leitura. Estabeleça
uma meta de ler, pelo menos, um livro por mês. Leia o que você
mais gosta. Veja as dicas:

Dica 01: Não se assuste com o tamanho do texto.

Dica 02: Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral
do assunto principal. Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. Quando
nós passamos a gostar de algo, compreendemos melhor seu 
funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se familiares a nós 
mesmos. Não se deixe levar pela falsa impressão de que ler não faz 
diferença.

Dica 03: Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa
a leitura, vá até o fim, ininterruptamente.

Dica 04: Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto
pelo menos duas vezes pois a primeira impressão pode ser falsa.
É preciso paciência para ler outras vezes. Antes de responder as
questões, retorne ao texto para sanar as dúvidas. A primeira leitura
deve ser do tipo informativa, isto é, você deverá buscar as palavras
mais importantes de cada parágrafo que constituem as palavras-chave
do texto em torno das quais as outras se organizam para dar
significação e produzirem sentido. Já na segunda leitura, do tipo
interpretativa, você deverá compreender, analisar e sintetizar as 
informações do texto.

Dica 05: Ler o texto com perspicácia (observando os detalhes),
sutileza, malícia nas entrelinhas. Atenção ao que se pede. Às vezes,
a interpretação está voltada a uma linha do texto e por isso você
deve voltar ao parágrafo para localizar o que se afirma. Outras vezes,
a questão está voltada à ideia geral do texto.

Dica 06: Realize uma nova leitura, desta vez sublinhando
as palavras desconhecidas do texto.

Dica 07: Seja curioso, utilize um dicionário e encontre o
significado das palavras que você sublinhou no texto.

Dica 08: Voltar ao texto quantas vezes precisar.


Dica 09: Não permitir que prevaleçam suas idéias sobre as
do autor.

Dica 10: Partir o texto em pedaços (parágrafos ou partes)
para melhor compreensão.

Dica 11: Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte)
do texto correspondente.

Dica 12: Cuidado com os vocábulos: destoa, não, correta, 
incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras
que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender
o que se perguntou e o que se pediu.

Dica 13: Quando duas alternativas lhe parecem corretas,
procurar a mais exata ou a mais completa.

Dica 14: Quando o autor apenas sugerir uma ideia, procurar
um fundamento de lógica objetiva.

Dica 15: Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela
resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto.

Dica 16: Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras
denuncia a resposta.

Dica 17: Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas
pelo autor, definindo o tema e a mensagem.

Dica 18: O autor defende ideias e você deve percebê-las.

Dica 19: Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito
são importantíssimos na interpretação do texto. Ex.:
Ele morreu de fome.
de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na
realização do fato (= morte de "ele").
Ex. 2: Ele morreu faminto.
faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se
encontrava quando morreu.

Dica 20: Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da
leitura de textos, um bom exercício para ampliar seu conhecimento
léxico, é fazer palavras cruzadas.

Dica 21: Faça exercícios de palavras sinônimas e antônimas.

Dica 22: Leia verdadeiramente. Somos um país de pouca
leitura. Veja o que diz a reportagem, a seguir, sobre os estudantes
brasileiros:
"Dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa)
revelam que, entre os 32 países submetidos ao exame para medir
a capacidade de leitura dos alunos, o Brasil é o pior da turma. A
julgar pelos resultados do Pisa, divulgados no dia 5 de dezembro,
em Brasília, os estudantes brasileiros pouco entendem do que lêem.
O Brasil ficou em último lugar, numa pesquisa que envolveu 32 países
e avaliou, sobretudo, a compreensão de textos. No Brasil, as provas
foram aplicadas em 4,8 mil alunos, da 7a série ao 2º ano do Ensino
Médio."
Fonte: site do Seduc.

Dica 23: Observe a mudança de posição de palavras ou de 
expressões nas frases. Ex.:

A Certos alunos no Brasil não convivem com a falta de professores.
B Alunos certos no Brasil não convivem com a falta de professores.
C Os alunos determinados pediram ajuda aos professores.
D Determinados alunos pediram ajuda aos professores.

Explicações:
a) Certos alunos = qualquer aluno
b) Alunos certos = alunos corretos
c) Alunos determinados = alunos decididos
d-) Determinados Alunos = quaisquer alunos.
 
Licença Creative Commons
Diálogo Livre de Farias, M. S. et alia é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Baseado no trabalho em livredialogo.blogspot.com.br.
Permissões além do escopo dessa licença podem estar disponível em discente.farias@gmail.com.

Blog Archive