sexta-feira, 4 de maio de 2012

Sexta-Feira 13

   A sexta-feira 13 sempre acrescenta algo às pessoas. A mim trouxe paz... Uma paz extremamente perturbadora. Diga-se que de perturbação bem que entendo, mas não destas novas que inventam por agora. Estranhei de vista! Que tipo de perturbação da-se ao luxo de criar-se em moldes de mansuetude? Valha-me Deus! Como os tempos mudaram... Num destes dias que todos assustam-se com as próprias sombras gordas, mantém-se à baixo de seus cobertores ou mesmo, de suas camas. Neste dia, em que todos juram ouvir passos e risadas na calada da noite, em que muitos avistam fantasmas na sua brancura habitual e muito mais que isto, de um clichê arrasador; de meu corpo esvaiu-se o medo "teórico" para tomar-me por inteiro o medo "prático". Claro, não digo prático de um tudo! Faltou-me coragem pra correr  o risco de uma Caça as Bruxas - como nestas que contam os livros antigos, principalmente, os sobre a Wicca - numa das tantas madrugadas de sextas-feiras 13 que houve durante meus anos de vida, até agora.

    Diante de minha nova condição, de feliz-não-sei-porquê, este ano (somente este, pois não pretendia cometer tal absurdo, nem sentir novamente o que sentia), resolvi sair de meu reconfortante lar, depois de um dia de quase trabalho, pra ir à caça. Não às bruxas, claro! (A não ser que tu, meu caro leitor, tenha adquirido o hábito, de como eu mesmo, tratar bebidas e mulheres como bruxas ou outros monstros medonhos à altura de sextas feiras 13), mas sim, de um pouco de diversão. Confesso que só encontrei-a bem longe de meu lar, o que já esperava... A diversão foi extinta de meu vocabulário há algum tempo, quando não pude achar mais tempo para as brincadeiras infantis. Mesmo sendo ótima "Líder da Bagunça" que fui; mesmo que eu tenha sido a melhor “inventadora” de histórias assustadoras. Quando se cresce a rotina toma conta e já viu... Acabam-se os prazeres diários, acabam-se as risadas familiares, a carne assada de domingo, a salada de maionese... No final só resta à fuga nas sextas-feiras 13!


   No final, nós crescemos demais, fugimos demais, e mais do que isso, nós desacreditamos demais... Os monstros hoje em dia são outros; maiores e muito mais complexos. Esconder-se embaixo do cobertor não irá te salvar! Nem a mim...

   Farias, Maikele. "Sexta-feira 13". Maio, 2012. http://livredialogo.blogspot.com.br/
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