quinta-feira, 15 de julho de 2010

"Mãos de Ferro!''

Quem já não ouviu ou utilizou essa expressão linguística para referir-se a um professor "autoritário''? Aquele que mantém a ordem e a disciplina sob qualquer circunstância.
Mas, essa não é a visão mais correta desse tipo de professor, já que em maioria das vezes, ele impõe aos alunos medo e não respeito.
Depois de conversar com alguns alunos de outras escolas, pude observar que, esse professor tido por mãos de ferro, são os que passam de certa forma mais trabalho para reger uma turma de alunos. Já o autoritarismo por eles utilizado, em muitos casos faz apenas com que o aluno se submeta a copiar e a repetir tudo àquilo que o professor profere em aula.
Em muitos casos, esse tipo de professor enfrenta mais problemas com o aluno do que aquele professor mais descontraído. Na verdade, quando eles impõem a autoridade de uma forma rígida, fazem com que o aluno queira confrontá-la, logo tornar-se um embate, e as aulas cada vez mais difíceis de serem lecionadas.
Em algumas circunstancias, pode acontecer de aluno e professor “baterem de frente’’, e desta forma, ambos adquirem um comportamento desafiador um ao outro, em uma relação meramente profissional.
Para evitar esse tipo de problema, ambos, aluno e professor, precisam dialogar junto a coordenação ou direção da escola, e tentar resolver de forma adequada os problemas, em alguns casos, o professor pode adquirir uma nova postura de lecionar, mais “maleável’’, como alguns professores já utilizam hoje em dia, dando liberdade de expressão ao aluno, mas impondo limites de forma criativa e sempre através do diálogo, deixando os meios de punição disciplinar, como por exemplo, a advertência para uma última instancia, mais critica, relacionada a algo extremamente grave. Desta forma aluno e professor, criam um elo de respeito e disciplina, já que o professor ao mesmo tempo que da liberdade ao aluno em suas aulas, impõe também de forma criativa limites; esse tipo de professor sabe quando falar sério em relação a algum problema que a turma tenha, mesmo que este não o envolva, visto que, o professor visa na verdade o bem estar da turma, e que haja entre todos - alunos, professores e funcionários -, respeito e colaboração para com o serviço um de outro.
Desta forma as metodologias de ensino e formação, tanto quanto a convivência escolar, melhoram de forma considerável. O aluno passa a ser mais participativo nas aulas, e desta forma o professor consegue de fato desenvolver o seu conteúdo didático com a turma e transmitir-lhes conhecimentos.
Esse é um pequeno texto que visa mostrar que nem sempre aquele professor “mãos de ferro’’ que matem a disciplina sob quais quer circunstâncias, é o melhor, e que em muitos casos, consegue apenas com que os alunos decorem os textos que eles desenvolvem, e desta forma repitam em avaliações as respostas que em um momento anterior ele o professor havia proferido.
Já aquele professor mais “liberal’’, mais “maleável’’, consegue de uma forma mais fácil e criativa manter a disciplina em suas aulas, e ao mesmo tempo, fazer com que os alunos aprendam seu conteúdo didático.
Hoje em dia é preciso novos métodos de ensino, e professores mais “maleáveis’’, que reconheçam que dentro de sala de aula, quem tem autonomia é ele, e que se há problema com um aluno, ou com os alunos, é a priori dele a responsabilidade de tentar resolver o conflito, e não dos coordenadores, vice-diretores, secretários, auxiliares de disciplina etc.
Professor lembre-se: Dentro de sala de aula quem manda é você! Mas utilize de forma criativa sua autonomia, nunca de forma autoritária, tente sempre o diálogo, verás que a melhor forma é conversar de forma civilizada ao invés de agir utilizando de métodos de punição, como uma advertência disciplinar.
Quando você tira de dentro de sala de aula um aluno que está causando problemas, você não está se livrando do problema, apenas passando para outra pessoa...





Farias, M. S. "Mãos de Ferro!". Julho de 2010. www.livredialogo.blogspot.com
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1 comentários:

  1. É, caro discípulo, estás te tornando um pensador em Educação!!!!
    A realidade é essa, mas o diálogo resolve muita coisa.
    Besos
    Alexandra

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