A
iniciativa da aluna Isadora Faber, criadora da página "Diário de
Classe", a qual denúncia/denunciava as condições precárias de sua escola,
muito mais que mostrar a realidade de no mínimo 98% das escolas públicas Brasil
a fora, mostra que o Poder Público tem recursos de fato, para promover a
revitalização dos prédios escolares que estão em ruínas, o que falta na verdade
é boa-vontade e iniciativa de nossos políticos. Graças à ação da menina e a
repercussão midiática que o teve, não demorou muito para que professores
despreparados fossem trocados, assim como portas, mobiliário, tomadas etc., que
estavam em mau estado. É interessante frisar que, a prova de caráter de Isadora
está no fato de ela também saber reconhecer os acertos, as qualidades da escola
e não apenas criticá-la, mostrando, ou antes, confirmando sua boa índole e
preocupação única com condições dignas de estudo.
Se
nós, estudantes de todas as esferas do conhecimento (universitários, alunos do
Ensino Médio, Ensino Fundamental) nos uníssemos com o mesmo espírito, com o
mesmo intuito que levou esta jovem a manifestar sua indignação publicamente, e
lográssemos o auxílio da mídia em cobrarmos, de nossos governantes, melhorias
reais na educação pública, certamente atingiríamos nosso objetivo. Todavia,
além da desunião, existe o desinteresse a fixação, a priorização de assuntos
fúteis como futebol e brigas mesquinhas por partidarismos vários, menos em prol
daquilo que realmente interessa qual a educação de qualidade, em ambientes
dignos.
Acorda
Brasil! Povo unido jamais será vencido. Foi assim durante toda nossa História:
da Independência ao fim da Ditadura Militar. Só precisamos de bom-senso,
caráter, idoneidade, ética moral, vontade de fazer acontecer, de lutar por
ideal digno e verdadeiro. O político nada mais é do que um representante do
povo, um empregado da população, e como tal deve defender os interesses da
maioria, senão de todos, os brasileiros. O voto é uma grande responsabilidade,
não podemos agir leviana e egoisticamente quanto a isso: não se trata apenas do
teu futuro, mas sim de muitas outras pessoas que estás depositando nas mãos do
candidato a que confias a liderança da nação, do estado ou da cidade. É preciso
avaliar criteriosamente o temperamento e as qualidades intrínsecas do
candidato, assim como se ele fará bem a toda a sociedade, amplamente, e não
apenas a um grupo ou a aspectos circunscritos da população. Um grande problema
hoje é justamente esta consciência, que não cabe em tão poucas linhas, pois é
digna de um trabalho científico, da responsabilidade, do peso, das
(in)consequências do ato de votar.
Aristóteles
distingue em matéria de governo três tendências-formas, sendo a Democracia, por
ele descrita, como a forma na qual o governo é exercido pela totalidade do
povo, ou seja, por seus representantes eleitos. A Democracia pode ser dividida
em diferentes tipos, sendo a distinção mais importante entre “Democracia
Direta” (algumas vezes chamada de Democracia Pura), onde o povo expressa sua
vontade por voto direto em cada assunto particular; e a “Democracia
Representativa” (algumas vezes chamada de Democracia Indireta), onde o povo
expressa sua vontade por meio de representantes eleitos - que é nosso caso.
Necessitamos
de leis, de regras, de um governo que as imponha à sociedade para que não
vivamos uma entropia. É mais que necessário, sermos conduzidos pelo princípio
da igualdade, do respeito, da circunscrição da liberdade individual pela
liberdade alheia, isto é, somos livres para fazermos o que quisermos, desde que
isso não incomode, interfira, agrida, etc., as demais pessoas. Por isso estas
palavras do Papa Celestino I: "O povo deve ser ensinado, não
seguido".
No
obstante, jamais devemos nos esquecer do poder que detém o povo, de seu direito
de lutar e reivindicar melhorias, condições dignas, qualidade, sobretudo, em
todos os setores de monta pública, afinal, compreende-se que a finalidade do
capital acumulado pelo Estado deva ser proporcionar ao povo bem-estar, e não
enriquecer ilicitamente, ou com salários exorbitantes, os políticos...
Pensem! Pensar ainda é de graça! Ainda...
Pensem! Pensar ainda é de graça! Ainda...
Farias, M. S. "Inciativa de Isadora Faber". Setembro de 2012. http://livredialogo.blogspot.com.br/
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