não veriam os meus olhos...
que a minha alma não seria a tua gêmea,
que o teu ombro não descansaria
o meu cansaço
e a tua casa não teria portas para mim...
Estava escrito que os teus beijos
não me beijariam com ternura,
que o teu coração não poderia
ser o meu abrigo,
que a tua imagem seria sempre
esta mítica lenda
e a tua presença, apenas utopia...
Estava escrito que os meus sonhos
reais nunca seriam...
que a tua lembrança guardada ficaria
como rara jóia...
que os meus passos se apressariam
para ti
e que os rejeitariam os teus
como corpos que se repelem...
Estava escrito, enfim,
que a despeito de tudo o que sonhei
e senti e amei por ti
nossos caminhos seguiriam eternamente
como paralelas linhas:
estejam próximas ou distantes,
por curto trecho ou
longa caminhada,
jamais haverão de no espaço
se encontrar...
Maria Tereza.
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